O Youtuber Bradley Hall pegou na banda-sonora de Howard Shore que acompanha o primeiro filme da trilogia de Peter Jackson, “A Irmandade do Anel” (ainda para mais na versão alargada), e transformou-a num épico metaleiro, com mais de três horas onde são cruzados vários subgéneros.
Há poucos livros tão globalmente amados como a saga de Frodo Baggins. A trilogia de Peter Jackson fez crescer o público e a sua visualização ganhou honras de experiência recorrente em qualquer lar. Aliás, a noção disso será aquilo que motivou a Amazon a investir como nunca se fez antes numa série televisiva. A nova versão cinematográfica de “O Senhor dos Anéis” é já a série televisiva mais cara de sempre e a sua estreia está prevista para Setembro de 2022. Todos se querem banhar sob a luz de Eärendil…
A devoção a “O Senhor dos Anéis” começou em 1954, quando J.R.R. Tolkien publicou pela primeira vez “A Irmandado do Anel” (“Fellowship of the Ring”). Os livros cativaram leitores de todos os quadrantes, mas especialmente os artistas e, entre estes, os músicos. Assim, surgiram bandas por todo o mundo que se inspiraram nos livros de Tolkien. Nos anos 70, rockers como Led Zeppelin e os Rush, músicos jazz como John Sangster e folk como Sally Oldfield ou até Townes Van Zandt, escreveram música inspirada n’”O Senhor dos Anéis”. Recentemente, apresentámos uma lista de bandas menos mediáticas que se inspiram também nos personagens da Terra Média.
Mas o que nos traz aqui é um trabalho devocional de Bradley Hall que contempla os arranjos musicais da banda sonora que acompanha o primeiro blockbuster de Peter Jackson. Hall transformou a música de Howard Shore numa extravagância de mais de três horas heavy metal. Desde a etérea sequência de abertura – que detalha a criação dos anéis e a profecia do Anel Único- até às desventuras da Irmandade do Anel no reino subterrâneo de Khazad-dûm, nas Minas de Mória, Hall elaborou meticulosamente uma nova banda sonora em que cada secção combina sequencialmente com o filme. No Shire, Hall emprega estéticas do power metal, enquanto o surgimento dos Nazgûl, por exemplo, acompanha-se com as sombras do death metal.
Bradley Hall afirma ter despendido três meses a criar este projecto megalómano e refere, na descrição da publicação: «A música de Howard Shore da lendária trilogia de filmes do Senhor dos Anéis cativou-me desde a primeira vez que a ouvi, em 2001. Era tão épica, majestosa, mística… e metal para caraças! Era minha esperança que um dia alguém fizesse uma versão metal completa dos filmes, mas infelizmente esse dia nunca chegou. Assim, com o culminar de meses de tédio/frustração/demência induzidos pela pandemia, arranjei a coragem para finalmente o fazer eu próprio!»
Um pensamento sobre “A Irmandade do Anel de Peter Jackson Tranformada num Épico de Heavy Metal”