Em silêncio durante mais de uma década, os Khanate regressaram ao activo lançando o seu 5.º LP. “To Be Cruel”, que terá edição física via Sacred Bones, já pode ser ouvido integralmente em streaming digital. O peso opressivo e a visceralidade emocional da banda continua intacta.
Os Khanate, a banda de doom experimental com membros de Sunn O))), OLD e Blind Idiot God, regressam após um hiato auto-imposto de catorze anos. A banda lançou de surpresa o seu quinto álbum, “To Be Cruel”, trabalho de 3 temas e uns 60 minutos, já disponível via Sacred Bones Records.
A banda fundada em Nova Iorque disponibilizou simultaneamente o seu catálogo anterior, incluindo “Clean Hands Go Foul” (2009), “Capture & Release” (2005), “Things Viral” (2003) e “Khanate” (2001), através de vários serviços de streaming e com planos de reedição em formatos físicos num futuro próximo.
Os membros da banda, que se mantiveram em contacto ao longo da última década e trabalharam frequentemente em conjunto noutros projectos, incluindo lançamentos dos ÄÄNIPÄÄÄ, Khylst e Jodis, voltaram a reunir-se antes do confinamento global, escrevendo e gravando o que viria a ser “To Be Cruel”, acrescentado com retoques finais nos últimos meses. «O Stephen [O’Malley] e eu tivemos a oportunidade de gravar músicas juntos para uma compilação da Drag City em 2016, foi então que reconhecemos que queríamos fazer mais coisas juntos. Reservámos um estúdio incrível em Woburn, Inglaterra, para gravar as partes de guitarra e bateria que viriam a ser a base de ‘To Be Cruel’», explica o baterista Tim Wyskida. «Partilhámos essas gravações iniciais com o James [Plotkin] e o Alan [Dubin], que estavam tão motivados como nós para criar nova música dos Khanate. O James começou a organizar o material e a desenvolver novas ideias assim que ouviu as faixas e o Alan começou imediatamente a elaborar as letras».
«Orgone, o estúdio que o Tim mencionou, fica numa zona isolada, no meio dos campos de uma enorme propriedade real», acrescenta Stephen, referindo a inspiração que a dupla retirou desse cenário. «Em tempos, durante a Segunda Guerra Mundial, era um antigo edifício de rádio que transmitia a falsa rádio alemã através do Canal da Mancha para a França ocupada». Sobre os temas de “To Be Cruel”, Alan partilha: «O álbum retrata visceralmente e metaforicamente um destino auto-imolador que, talvez ironicamente, culpa entidades externas. Há uma necessidade de vingança, mas… Contra quem e porquê?»
As pré-encomendas físicas de To Be Cruel já estão disponíveis numa variedade de variantes de vinil de edição limitada e em CD. O álbum físico estará nas lojas a 30 de Junho. A versão digital, é só disparar no player seguinte…