Pulse

Pink Floyd, Pulse

“Pulse”, o álbum gravado ao vivo durante a última digressão dos Pink Floyd, foi originalmente editado a 29 de Maio de 1995.

No dia 29 de Maio de 1995, os Pink Floyd editaram o famoso “Pulse”, as gravações de 1994 realizadas durante a Division Bell Tour. É o álbum que retrata a última digressão da banda. Um lançamento épico que inclui uma versão integral, ao vivo, de “The Dark Side Of The Moon” e a canção “Astronomy Domine”, de Syd Barrett, que os Pink Floyd não tocavam desde o início dos anos 70. Também a versão do uber single “Another Brick In The Wall, Part II” é algo rara, porque inclui pequenas partes das canções “Another Brick in the Wall, Part I”, “The Happiest Days of Our Lives” e “Another Brick in the Wall, Part III”, todos temas do álbum “The Wall”.

“Take It Back” estava planeada para inclusão no álbum original, através da performance gravada em 25 de Setembro de 1994, no Stade Olympique de la Pontaise, na Suíça, mas acabou por ficar de fora devido aos constrangimentos de duração do disco. Ao contrário do que foi feito em “Delicate Sound Of Thunder”, o álbum ao vivo dos anos 80, não foram realizados takes de correcção em estúdio, todavia houve bastante edição para depurar a gravação de notas erradas. O álbum foi misturado em “Q Sound”, para simular um efeito 3D mesmo num sistema stereo. Um som enorme, com a elegância antémica da “era Gilmour”, e a imagem perfeita de uma era na indústria que já não volta.

O filme do concerto, do consagrado realizador David Mallet, foi concretizado a 20 de Outubro de 1994, em Earls Court, Londres. Em 2021 foi feito disponível em 2  edições deluxe de 2x Blu-ray e 2x DVD, com as filmagens em vídeo restauradas e reeditadas a partir dos masters originais por Aubrey Powell/Hipgnosis para o lançamento da caixa ‘The Later Years’, em 2019. A ilustração da capa, criada por Storm Thorgerson e Peter Curzon para o lançamento em DVD, em 2006, foi atualizada com fotografias de Aubrey Powell/Hipgnosis e Rupert Truman/StormStudios. As ilustrações da caixa foram concebidas por Peter Curzon/StormStudios, sob a direcção de Aubrey Powell/Hignosis. O alinhamento inclui vídeos de música, filmagens extra do concerto, documentários, filmagens dos ensaios da digressão Pulse e outros conteúdos. Um livro com 60 páginas acompanha as edições.

Este lançamento recuperou a icónica luz pulsante do lançamento em CD, em 1995, desta vez com 2 pilhas AA que podem ser substituídas uma vez acabada a sua carga. Nick Mason recordava o lançamento original em CD, com a luz LED pulsante: «Essencialmente, foi algo que achámos divertido. Foi uma ideia de Storm Thorgerson, relacionada com ‘The Dark Side Of The Moon’ e o pulsar, e como se trata de um álbum ao vivo, a caixa está “viva”. Fora isso, não tem um significado muito profundo».

Nesse concerto de Earls Court, David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright estão acompanhados por Tim Renwick (guitarra), Guy Pratt (baixo), Jon Carin (teclas), Dick Parry (saxofone), Gary Wallis (percussão) e pelo coro composto por Sam Brown, Claudia Fointaine e Durga McBroom. A Division Bell Tour, em promoção do álbum homónimo, foi monumental (como se os Pink Floyd soubessem fazer as coisas de outra forma…) e passou em Lisboa, no Estádio José Alvalade, em duas datas seguidas.

Após essa digressão e no seguimento do sucesso que o álbum “Division Bell” atingira, ninguém imaginava quando “Pulse” foi editado em 1995 que estaria a comprar o último disco dos Pink Floyd (algo apenas quebrado pelos outtakes de “The Endless River”). Podem ouvi-lo nos players em baixo: a playlist dos vídeos remasterizados em 2019 e o álbum (o remaster de 2018) na sua versão Spotify.

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