O Segundo Álbum de Mammoth WVH e a Impossibilidade de Reunir os Van Halen

Numa conversa com o jornalista português Jorge Botas, no programa Metal Global, Wolfgang Van Halen levanta um pouco a ponta do véu acerca do sucessor do homónimo álbum de estreia de Mammoth WVH. O disco vai entrar na fase final de gravação (vozes e solos de guitarra). O filho de Eddie confessou que é muito difícil, senão impossível, reunir os Van Halen mesmo que numa data única de homenagem ao seu pai.

Além de já terem visto fotos dele por estas páginas, certamente já o ouviram comentar WWE na Sporttv e o seu programa Metal Global. Estamos a falar do Jorge Botas que, precisamente no episódio 681, do Metal Global conversou com o ilustre Wolfgang Van Halen, nada mais nada menos que o filho de Eddie Van Halen (caramba, não há como passar esta mágoa), sobre a sua banda, os Mammoth WVH. A conversa teve lugar em Dublin, nos bastidores de digressão com os Alter Bridge e podem ouvir o episódio completo na RTP Play, no link https://bit.ly/MetalG681

Por aqui, vale a pena destacar alguns excertos dessa conversa. Afinal, Wolfie tem andado a promover o álbum de estreia dos MammothWVH e ao mesmo tempo a preparar um sucessor para esse disco homónimo, editado em Junho de 2021. Na verdade, o grosso da parte instrumental está já gravado e Wolfgang confessa que, finda a digressão, irá concentrar-se na captação dos registos vocais, tal como os solos de guitarra. A base do novo disco é «uma quantidade de ideias ocasionais que surgiram desde que gravei o álbum anterior», refere o músico que acrescenta ter trabalhado em estúdio, em Setembro passado, com o produtor Michael “Elvis” Baskette.

Questionado pela forma como, sendo multi-instrumentista, inicia o processo de composição, Wolfie refere que normalmente começa tudo com um riff de guitarra que, se for suficientemente interessante, o faz abrir o Logic Pro e acrescentar mais alguns elementos, para corporizar a ideia. Então se o produtor também apreciar esse esboço, as coisas são trabalhadas com maior detalhe. De resto, como Botas aponta, Wolfie diz que confia acima de tudo nos seus instintos, algo que acabou por ser legitimado pela forma positiva como o álbum de estreia foi recebido, mas que deixa uma responsabilidade: «Foi uma surpresa que tanta gente tivesse gostado do disco, sinceramente, mas penso ser importante não o olhar como algo que tenho que fazer novamente igual, antes seguir o processo que me permitiu fazê-lo, que é fazer música que me entusiasma e deixa feliz. Creio que o consegui fazer com estas canções e que estão a ficar bem fixes».

Wolfie fala ainda sobre a influência que tudo o que se passou na altura em que o seu pai morreu – quando já estava no processo de mistura do primeiro disco – teve na forma como finalizou o álbum e em como gerir o legado EVH e as expectativas dos fãs dos Van Halen em relação à sua própria música. «O mais importante era tentar fazer algo que fosse meu, que as pessoas percebessem que surgira de ideias minhas, em vez de tentar fazer aquilo que pudesse imaginar ser o que as pessoas esperavam que fizesse», admite Wolfgang que também fez parte da última fase dos Van Halen, ao lado do pai, Eddie, e do tio, Alex. Esse período da banda foi inaugurado com o álbum “A Different Kind Of Truth”.

Wolfie fala ainda de como o seu pai o ajudou a descobrir a sua própria linguagem musical e como tornar-se um músico foi algo natural, dado o contexto em que cresceu. Não desvendamos mais, afinal vale a pena ouvir a entrevista original, mas recordamos que o jovem músico assumiu as rédeas da marca EVH Gear e está a preparar uma formato de guitarra inteiramente novo para estrear já em 2023. A guitarra de assinatura de Wolfgang Van Halen com a EVH Gear é um modelo semi-hollow com um design inovador na marca, cuja designação (SA-126) honra o aniversário de Eddie Van Halen, pai do músico, nascido a 26 de Janeiro.

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