Acredite-se ou não, há uma dica ridiculamente óbvia que pode aumentar o valor do instrumento na altura de o vender. O algodão não engana!
Hoje em dia há uma efervescente actividade no mercado da guitarra. Aliás, a enorme procura deixou alguns fabricantes a lutar para se manterem à altura, para não terem quebras de stock. Mas em vez de esperar pelas lojas para reabastecer, cada vez mais músicos e entusiastas estão a comprar guitarras usadas e vintage. Poder-se-ia perguntar, de onde vêm todas essas guitarras usadas?
Uma explicação simples é que a pandemia motivou muitos a experimentarem aprender um instrumento, mas todos aqueles que acabaram por não aprender a tocar nos últimos 18 meses, provavelmente nunca o farão. Então, o instrumento vai para o mercado. Mas fazer a transição de comprador de guitarra para vendedor de guitarra pode ser difícil para algumas pessoas e, claro, ninguém gosta de mandar dinheiro fora. Então, os vendedores noobs (mas também alguns músicos que querem passar do primeiro instrumento para outro mais capaz) pretendem, frequentemente, descobrir como obter o máximo valor pela sua guitarra. Quer se trate de um modelo económico com um ano de uso aleatório ou de uma reedição clássica que tenham tido durante uma década ou mais, a resposta é mais ou menos invariável. E não importa se estás a vender uma guitarra em privado ou a trocá-la numa loja para obter outra coisa. Bastam uns 15 minutinhos para maximizar o retorno. Portanto, eis a dica: Limpa a tua guitarra. Pega num pouco de verniz de guitarra e num polidor de trastes, coloca-lhe um conjunto de cordas novo et voilà!
A procura constante de novos instrumentos com um acabamento road worn ou envelhecido poderia indicar que as pessoas não se importam com a sujidade e o mau aspecto do corpo ou do braço da guitarra que se pretende vender ou trocar, mas isso é um conceito errado. Pensem desta forma: As pessoas compram jeans novos com buracos nos joelhos, mas não compram jeans aos quais alguém tenha feito buracos e nunca tenha lavado. Ou seja, o desgaste pelo uso não é o mesmo que a sujidade e, especialmente, a sujidade pessoal. As guitarras são manuseadas, sem dúvida, e se foram muito usadas, mesmo que não sejas um músico profissional ou toques todos os dias, provavelmente já deixaste alguns “sinais de uso” no braço e algumas “marcas de amor” no corpo – sejam pequenas pancadas ou riscos provocados pela palheta ou botões de mangas. O suor e a gordura corporal ficam grudados no braço da guitarra, na ponte, nas cordas, nos controlos do circuito (botões de volume e tone, além do switch). Ora, quando alguém vê uma escala limpinha, um conjunto novinho de cordas e o acabamento, pelo menos, polido, fica com uma primeira impressão muito melhor, o que é uma vantagem negocial, desde logo.
Como vendedor, queres que o potencial comprador se concentre no som e na resposta do instrumento e não se distraia com os sinais de desmazelo do proprietário anterior, pensando que outros maus tratos a guitarra terá sofrido. Não assumam que a loja não se importa de limpar a sujidade do instrumento que estão a negociar. A maior parte das lojas de guitarra estão sobrecarregadas com pouco pessoal e o tempo que terão de gastar a limpar uma troca é tempo que poderia ser gasto a fazer algo mais rentável. Além disso, meter em dia a manutenção da guitarra de outra pessoa não é uma tarefa muito gratificante.
E quanto ao estojo? Não se esqueça que faz parte do pacote! Aspirá-lo não fará mal nenhum. Uma imagem sovada pode ser fixe para parecer badass, mas um aspecto limpinho pode garantir um punhado a mais de euros quando chegar a altura da separação…
Um pensamento sobre “Dica: Aumenta o Valor Comercial da Tua Guitarra”