Os Paradise Lost, lendas do triunvirato do doom metal britânico, vêm a Portugal celebrar o 30º aniversário do superlativo álbum “Icon” com uma data única a 16 de Dezembro de 2023.
Depois de, no início do Junho, terem anunciado as duas primeiras datas da ‘Embers Of Europe Tour 2023’, os britânicos PARADISE LOST acabam de divulgar o itinerário completo da digressão que, durante o Outono, os vai levar numa longa viagem pelo Velho Continente para uma série de atuações que prometem ser memoráveis. Esta que é a muito antecipada rota comemorativa do 30.º aniversário do incontornável álbum “Icon”, chega a Portugal a 16 de Dezembro de 2023, para uma data única na Sala Tejo da Altice Arena, em Lisboa.
Estes espetáculos são anunciados na sequência da revelação recente de que a banda liderada por Nick Homes e Gregor Mackintosh decidiu regravar o clássico de 1993 para uma edição especial, que pretende comemorar de forma luxuosa as três décadas que passaram desde o lançamento original de um disco incontornável. A nova versão de “Icon” vai ser editada ainda este ano pela Nuclear Blast Records. A razão apontada pela banda é que os masters das sessões originais não lhe pertece…
Originalmente gravado entre Junho e Julho de 1993, nos Jacob Studios e nos Townhouse Studios, no Reino Unido, o quarto longa-duração dos Paradise Lost foi produzido pelo reputado Simon Efemey e editado pela Music For Nations, a 28 de Setembro desse ano. Precedido por “Shades Of God”, que expandiu muito ligeiramente o doom/death metal de influência gótica e os estabeleceu como uma das melhores bandas do género, o “Icon” afirmou-se como um proverbial salto de fé. Com o grupo a ensaiar um afastamento do som explorado nos primeiros discos, neste que foi o último registo com Matt Archer na bateria, Nick Holmes abandonou o seu característico grunhido para adotar um estilo mais limpo e a dupla Mackintosh/Aedy aprimorou ainda mais o estilo único que sempre a caracterizou, uma excelente interação entre os riffs esmagadores de Aedy e as melodias tristes de Mackintosh.
Mas mais do que tudo isso, no “Icon”, os Paradise Lost afirmaram-se de uma vez por todas como excelentes compositores – se a “Embers Fire” não é a melhor música de gothic metal de todos os tempos, é porque é a “True Belief”. Resultado, há três décadas, estes britânicos já serviam momentos de brilhantismo que nunca foram superados.
Ao lado dos Anathema e My Dying Bride, os Paradise Lost ajudaram a estabelecer as estruturas para o doom/death britânico na viragem dos anos 80 para os 90 e, com o marcante “Gothic”, tema-título do segundo disco da banda de Halifax, acabaram por servir de inspiração à tendência do metal gótico cantado no feminino, dando origem a todo um sub-género que, mais de três décadas depois, continua a encantar plateias pelo mundo fora. Nick Holmes, Gregor Mackintosh, Aaron Aedy e Steve Edmonson nunca pareceram, no entanto, interessados em estagnar e, enquanto os clones se iam acumulando à sua volta, a banda britânica continuou a expandir a sua sonoridade até atingir patamares que ninguém se teria atrevido a vaticinar quando lançaram a estreia “Lost Paradise”, em 1990. Ao quarto álbum, o clássico “Icon”, começaram a crescer e, apoiados em “Draconian Times”, editado dois anos depois, atingiram um patamar de sucesso sem precedentes, transformando-se numa das mais bem sucedidas bandas da sua geração.
Os bilhetes para o concerto (uma produção Prime Artists) custam €28, à venda nos locais habituais, a partir de sexta-feira, dia 30 de Junho. Mo dia 16 de Dezembro de 2023, dia do concerto, a abertura de portas ocorre às 20h e o espectáculo inicia uma hora depois, na Sala Tejo.
