Sem a Cena Punk, Não Teriam Existido os Guns N’ Roses ou os Metallica

Na passadeira vermelha da estreia da série “Pistols”, que se inspira na vida de Steve Jones, Duff McKagan reflectiu sobre a importância da primeira vaga punk, sem a qual não teriam existido bandas como os Guns N’ Roses, os Metallica ou NIN.

A Stage Right Secrets realizou uma curta entrevista com Duff McKagan, o baixista dos Guns N’ Roses, na passadeira vermelha da estreia de “Pistol”, produção Vanity Fair e FX, no The Metrograph, no dia 18 de Maio, na cidade de Nova Iorque. “Pistol”, uma série limitada de seis episódios sobre Steve Jones, icónico guitarrista dos Sex Pistols, chega 31 de Maio exclusivamente na Hulu nos EUA e na Disney+ no Reino Unido, Irlanda, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Singapura. Baseado nas memórias de Jones, de 2018, “Lonely Boy: Tales From A Sex Pistol”, a série de Danny Boyle, que também serve como produtor e director executivo, foi criada por Craig Pearce e escrita por Pearce e Frank Cottrell Boyce.

As raízes punk do baixista dos Guns N’ Roses são bem conhecidas. Recentemente, recordando os seus tempos no underground punk hardcore de Seattle, Duff McKagan elegeu os sete discos mais importantes do género na sua vida. Já sobre a influência dos Sex Pistols no seu desenvolvimento musical, Duff contou à Stage Right Secrets: «Não aprendi a tocar as malhas dele, como a ‘Bodies’ ou qualquer outra. Mais tarde, aprendi as canções. Mas mais pela forma como o Jonesy ataca a guitarra. Peguei numa guitarra e comecei a aprender isso tudo. Por essa altura já descobrira Johnny Thunders, que era também de onde ele sacava as cenas. Era como se fosse uma escola de música. E depois o Paul Cook é como que o início das baterias do rock and roll moderno; tudo isto remonta ao Paul. Sou um baixista, sou um tipo de secção de ritmo, por isso Paul era o motor que definiu o rock and roll, a partir de ’77. Aprender as canções não era a cena realmente importante; mas apenas ouvir e absorver tudo para e depois formar a tua própria banda e tocar».

«Acompanhei o crescimento da cena punk. Era uma época em que tudo girava em torno de indivíduos e individualidade e se fosses uma aberração ou o que quer que seja, um tipo estranho, havia uma pequena cena para ti. Havia um pequeno concerto algures ao fundo de uma rua qualquer ou na baixa a que se podia ir e não existia restrição de idades. Depois, algumas bandas internacionais começaram a chedgar – os Clash vieram em ’79 e havia uma centena de pessoas para os ver. Os 999 vieram; The Jam vieram, The Specials e os Police. E depois começaram as bandas americanas… Claro, os Ramones – todos viram os Ramones. Na verdade, não se pode falar dos Sex Pistols sem referir os Ramones. São os dois primeiros; é a génese de tudo isto», continua Duff.

A terminar, afirma categoricamente que «a cena punk da altura e o que os Pistols ajudaram a gerar foi uma coisa verdadeiramente especial. Não existiria Guns N’ Roses, não existiria Metallica, Nine Inch Nails, Nirvana… A lista continua. Foo Fighters… Não teria existido nada disso sem [a primeira vaga punk]».

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