Yamaha Reface

Yamaha Reface Series

Em 2015, o gigante nipónico voltou à produção de hardware de sintetização em grande estilo, com a gama Yamaha Reface. Quer dizer, as workstations da marca são uns monstros de som e soluções de performance, mas estava mais que na altura da marca prestar alguma atenção especial aos adeptos da exploração sónica e do groove.

Os quatro teclados da gama Yamaha Reface, a tresandar a vintage, são algumas das gemas mais preciosas no universo da sintetização e muito sinceramente, deste lado, não conseguimos compreender como é possível não os ver presentes em mais rigs de artistas nacionais. Tratam-se dos sintetizadores CS e DX, dos pianos CP e dos combos de órgão YC. Cada uma destas séries específicas surgiu remodelada num formato mini teclados (3 oitavas), altifalantes e possibilidade de alimentação a pilhas.

Cada um dos modelos Yamaha Reface tem um visual a obedecer ao design do instrumento original no qual se inspira. Assim, o Reface YC possui invólucro vermelho, o Reface CP possui os potenciómetros prateados bem retro, o Reface CS está invadido por sliders e o Reface DX por botões rectangulares.

Os quatro modelos da série Yamaha Reface não são analógicos. Actualmente, e considerando a portabilidade dos synths, isso parece ser uma vantagem, principalmente se for capitalizada com a app iOS gratuita, a Reface Capture, que permite arquivar/recuperar vozes criadas e partilhá-las (tal como usar outras) online, através da network Soundmondo. Periodicamente, a gama tem merecido atenção da marca, com actualizações de software.

Teclados tão pequenos poderão parecer uma opção estranha para instrumentistas devotos a órgão ou piano, mas, para aqueles que se queiram aventurar ou iniciar no mundo da sintetização, essa mesma opção da marca é bem-vinda, devido ao reflexo que tem no aspecto económico dos synths.

Vamos lá ver, resumidamente e com apoio dos vídeos em que a marca convidou alguns dos maiores craques contemporâneos da música popular a experimentá-los (num género de hands on, sem rede), cada um destes Yamaha Reface…

REFACE YC | Combo Organ Sound Engine com cinco waves vintage de órgão: H, órgão tonewheel Americano; V, órgão transístor britânico; F, órgão transístor italiano; A, órgão transístor japonês e Y, Yamaha YC-45D. Inclui controlos drawbars, percussão, vibrato e rotary speaker, efeitos de distorção e reverb e polifonia de 128 notas.

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REFACE CS | Processador de efeitos integrado, que acrescenta profundidade ao som. Os tipos de efeitos são: OFF (bypass do efeito), Delay, VCM Phaser, VCM Chorus/Flanger e Distorção. Polifonia de 8-notas permite acordes complexos e pads ou mude para Modo mono para baixos cheios ou leads. Analog Physical Modeling Engine, com múltipla sintetização e tipos de osciladores. Cada tipo de oscilador possui flexibilidade LFO e routing ADSR, além de controlos Texture e Mod únicos.

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REFACE DX | O FM Sound Engine 4-operator oferece uma sintetização dinâmica e expressiva. Uma nova característica deste motor é a contínua variação de feedback em cada operador. Dois blocos de efeitos programáveis, com sete tipos de efeitos por bloco: VCM Wah VCM Flanger, VCM Phase, Chorus, Delay, Reverb e Distorção. Interface de controlo multi-toque com acesso directo a quatro parâmetros simultâneos. 32 bancos de memória.

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REFACE CP | Vintage Keyboard Sound Engine com seis tipos de teclados vintage. Cada tipo de teclado emula uma das seguintes configurações de Drive e Tremolo: RdI; Drive, US Combo; RdII; Drive, BritishCombo; Wr; Clv; Toy Piano e CP. Cinco efeitos tipo stompbox com controlo directo: Drive; Tremolo (Auto-Pan para Rd) ou VCM Wah; Chorus; VCM Phaser; Delay digital ou analógico e Reverb. Polifonia de 128-notas.

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Podem averiguar os specs com maior detalhe e descobrir mais vídeos demonstrativos no micro site oficial da gama Yamaha Reface (em português). Os preços estão entre os €350 e os €375. Como canta a Maria Fernanda Pereira de Sousa num dos seus maiores sucessos, «Podes ficar com as jóias, o carro e a casa, mas não fiques com ele. E até as contas no banco e a casa de campo, mas não fiques com ele». Eles, neste caso.

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