Beth Hart prepara-se para editar um novo álbum, dedicado a uma das suas maiores paixões. “A Tribute to Led Zeppelin” chega no dia 25 de Fevereiro. Já se podem ouvir as explosivas versões de “Black Dog” e “Good Times, Bad Times”.
Nasceu em Los Angeles, no dia 24 de Janeiro de 1972. O seu percurso musical teve início no piano, instrumento que começou a aprender aos quatro anos de idade, introduzindo-a ao mundo clássico e aos grandes compositores como Bach ou Beethoven. No liceu iniciou a aprendizagem no violoncelo. Todavia, a adolescência trouxe-lhe o contacto com artistas mais marginais, como Etta James, Otis Redding ou Led Zeppelin – uma das suas maiores paixões (quem nunca). A paixão pelo rock ‘n’ roll, pelo blues e pela soul nunca mais se extingiu e Beth Hart, desde que editou o seu álbum de estreia, “Screamin’ For My Supper” de 1999, tem progressivamente ascendido à nobreza desses géneros, devido ao seu tremendo poder vocal.
“Whole Lotta Love” tem tido presença ocasional nos concertos de Beth Hart desde, sensivelmente, 2004. Para testemunharem a sua impressionante vociferação a este tema clássico, basta entrar neste artigo. Reconhecendo o tremendo poder que Hart empresta a essa versão, em 2019 o produtor Rob Cavallo sugeriu-lhe gravar um álbum totalmente composto por covers de Led Zeppelin. Após alguma resistência inicial, a cantora acedeu: «Não queria fazer este álbum. Para ‘virar’ Led Zeppelin precisas de estar fula, para acertar. Não estava para aí virada, após ter trabalhado anos para me libertar da minha raiva. Depois veio a pandemia e tudo em torno disso. Então fiquei fula. Liguei ao meu manager e disse-lhe que pedisse ao Rob e ao Doug [McKean, o engenheiro] parame mandarem toda a música, pois estava pronta para o fazer».
Os músicos que contribuem para o álbum incluem o guitarrista Tim Pierce (Bruce Springsteen, Tina Turner), o baixista Chris Chaney (Rob Zombie, Slash), o teclista Jamie Muhoberac (Bob Dylan, Rolling Stones), os bateristas Dorian Crozier (Celine Dion, Miley Cyrus, Joe Cocker) e Matt Laug (Alanis Morissette, Alice Cooper). As partes orquestrais foram arranjadas por David Campbell, que trabalhou com os Muse e Beyonce, por exemplo. Ouvindo “Good Times, Bad Times” e Black Dog”, Beth Hart não se afasta muito da fonte, aliás os instrumentais são quase cópias exactas, com a desenvoltura das produções contemporâneas, além dos arranjos orquestrais que suavizam um pouco a aspereza das composições originais e a própria agressividade vocal de Hart.
O álbum estará disponível em CD e em três variantes de vinil: preto, laranja transparente, e splatter vermelho/dourado. Com edição a 25 de Fevereiro de 2022, já está naturalmente disponível para pré-encomenda.