Line 6 Helix 3.15

A Line 6 disponibilizou a versão de firmware 3.15 da sua estelar workstation. Como vem sendo hábito, esta actualização é mais um enorme boost à Helix.

Foi em 2015 que a Line 6 apresentou a Helix, uma tremenda workstation de guitarra. Tal como o nome indica, a Helix leva-nos ao núcleo do som e ao pulsar que nos transporta do instrumento ao DNA do timbre singular de um amplificador de guitarra e do seu comportamento, objecto que depois de “excitado” com os impulsos electromagnéticos, com origem no toque humano, nos trespassam de energia e vibrações que levam a criar e interpretar música.

De facto, uma das características chave do Helix é o motor de modelação HX, herança da anterior modelação HD, mas mais poderoso, com características específicas de compressão. A Line 6 reformulou o interface para melhorar a experiência do utilizador, agora há um ecrã LCD de 6.2”, personalização dos programas em footswitch. Os próprios footswitch possuem sensibilidade de força, permitindo escolher com um toque, manter carregado para programar ou pressionar para activar o programa; ao manter carregado o switch Mode e usando o pedal de expressão, o Helix permite ajustar os parâmetros do programa sem o uso das mãos. O painel traseiro possui as entradas e saídas tradicionais, além de saídas de expressão controlar o volume que segue para o amp ou para um pedal; há também uma entrada de micro com phantom power; uma legião de sends e returns (quatro no total!); SPDIF in/out, XLR out, MIDI in/out, USB e também uma ligação Variax. Os efeitos seguem a qualidade que vem sendo melhorada a cada produto desde o POD. O Helix chega no final do Verão na versão pedaleira, rack e ainda o Helix Control. Desde aí, tem surgido, como prometido desde o lançamento original, várias actualizações de firmware. A mais recente é a 3.15.

Como de costume, trata-se de um significativo update, um enorme boost cheio de novas soluções. Por exemplo, há o novo amp Line 6 Ventoux, de tipologia boutique, e ainda os modelos Ampeg Opto Comp, Ampeg Liquifier e Heliosphere, além dos efeitos delay ADT, Crisscross, Ratchet e Tesselator. Há ainda os novos reverbs Dynamic Plate, Dynamic Room e Shimmer. Ben Adrian, Sound Design Manager da marca, detalhou um pouco acerca do Ventoux: «É um amp que deriva de uma ideia de um amp físico que me ocorreu há algum tempo. Pretendia construi-lo como um amp valvulado, originalmente. Todavia, um dia só tem 24 horas. A intenção era criar um ‘cobiçado amp boutique’ com uma origem singular. A maioria destes amps tem como origem Fenders Black Panel ou circuitos Marshall modificados. Queria ir por aí, mas basear-me em circuitos Orange do início dos anos 70 e circuitos de potência média dos Fender Tweeds. O Ventou tem uma tipologia singular. De forma indirecta, cada botão é um tipo de controlo gain/drive. Os controlos de tone ajustam o carácter e/ou a quantidade de overdrive nessas frequências. Para alguns, isto pode ser visto como complicado, mas eu considero excitante e cheio de possibilidades».

Além dos amps, delays e reverbs citados, a Line 6 acrescentou ainda a colecção New Legacy Effects que inclui as distorções Bronze Master e Killer Z; as modulações Tape Eater, Warble-Matic, Random S&H e Sweeperb; mais delays, com o Phaze Eko e o Bubble Echo; e ainda uma alargada lista de presets de sintetização que inclui o Synth Lead, String Theory, Synth FX, Buzz Wave, Rez Synth, Saturn 5 Ring Mod, Double Bass, Seismik Synth, Analog Synth e o Synth Harmony. Todos estes se inspiram em unidades clássicas da Line 6, como o DL4, e foram extraídos do clássico pack FX Junkie do POD Farm 2.5. Para terminar, o plug-in Helix Native VST/AU/AAX passa a ter compatibilidade com Apple M1. Além disso, o Input Pad pode agora ser destacado por preset e Global MIDI Control dos encoders 1-6.

John Cordy faz um excelente trabalho no vídeo em baixo, apontando todas as principais novidades nesta actualização. Ainda assim, podem verificar a lista completa na comunidade oficial da Line 6, seguindo também para o download da actualização.