O Poderoso Órgão da Catedral de Bragança

Uma missa solene e um concerto assinalaram, no dia 19 de Dezembro, a inauguração do novo órgão sinfónico da catedral de Bragança-Miranda, composto por 3.117 tubos, 64 registos sonoros e 100 comandos, distribuídos numa consola de quatro teclados e pedaleira.

O concerto inaugural foi realizado pelo organista titular, o italiano Giampaolo di Rosa, que desempenha o mesmo cargo na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, e na catedral de Vila Real. Construído em Itália, pela Casa Organaria Zanin Organi, o órgão sinfónico foi financiado pelo projecto Rota das Catedrais a Norte, entre a Direcção Regional da Cultura do Norte, o município de Bragança e a Diocese de Bragança-Miranda. De acordo com a mesma informação, a construção do órgão teve início no primeiro semestre de 2018. Os trabalhos de montagem e de afinação, no coro alto da catedral, começaram em Setembro último.

A nota de imprensa destaca o facto de o órgão estar «perfeitamente integrado na acústica da catedral» e de o órgão, sendo contemporâneo, ter também natureza sinfónica. Ou seja, o instrumento tem capacidade para qualquer reportório de diferentes épocas históricas e permite, por isso, realizar concertos, para além de servir na liturgia.

Giampaolo Di Rosa orientou os projectos fónicos dos três órgãos comos quais trabalha, além do órgão histórico de Santo Ildefonso, no Porto. Doutorado em Música, completou na Europa os estudos de piano, órgão, cravo, música sacra, música de câmara, música antiga, composição, teoria e análise. Além do reportório de todas as épocas, Di Rosa faz também improvisação. O organista já gravou vários discos com o órgão de Santo António dos Portugueses, que foi projectado como se se tratasse de um enorme coro composto por solistas, diz a notícia 7 Margens.

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