Pike vs. The Automaton

Matt Pike (Sleep/High On Fire) estreou o seu álbum a solo via MNRK Heavy. Rockalhada carregada de peso, sujeira e algum d-beat, num disco cheio de convidados da elite do underground heavy.

“Pike vs. The Automaton” foi escrito por Matt Pike com o baterista Jon Reid e gravado por Billy Anderson, que já comandou o som de Pike em álbuns dos Sleep e dos High On Fire, e está repleto de convidados do calibre de Alyssa Maucere-Pike (Lord Dying, Grigax), Chad “Chief” Hartgrave, Josh Greene (El Cerdo), Todd Burdette (Tragedy) ou Jeff Matz, também dos High On Fire.

Das colaborações, a mais ilustre será a de Brent Hinds, guitarrista dos Mastodon, no tema “Land”. «Foi um tema escrito logo a seguir a ter regressado de uma digressão», explica Pike. «É como um velho tema de blues. Pensei num grupo de tipos velhos, no metro, a fazer uma cena meio doo-wop. Tem o feeling two-step como a minha mãe costumava dançar, é tipo country western. Fala da depressão e de levar uma vida difícil. Toquei-o ao Brent Hinds, que tinha vindo de Portland para fazermos umas jams juntos, e ele sacou um solo altamente à Billy Gibbons. Eu fiz um solo, depois ele fez o dele, e eu fiquei, tipo, ‘You’re a dick!’ [risos] O baixista da outra banda do Brent, West End Motel, o Steve McPeeks, ainda tocou contrabaixo, tanto dedilhando como com um arco, e isso realçou bem a profundidade da canção. Nunca escrevi nada assim, nem gravei, e ficou mesmo fixe. É totalmente diferente».

Na mitologia Clássica, Automaton, é um colossal autómato (passe a redundância) que protege os deuses. Uma máquina desalmada com o nome Talos. No mito de Jasão e dos Argonautas, o herói e a sua tripulação são forçados a combater esta gargantuesca máquina. Dessa modo, o título do disco mostra-nos Pike a lutar contra a máquina, sendo que a máquina é o próprio mundo. «Fiz um disco de rock psicadélico que os fãs dos Sleep e High On Fire poderão apreciar e, quem sabe, também aqueles que não são fãs de nenhuma das bandas. Creio que é bastante interessante; tem aquele d-beat do punk, two-step. Tem de tudo e funciona muito bem misturado, não soa estranho. É um disco de rock psicadélico fora da caixa», resume Matt Pyke.

Leave a Reply