Tremendo sucesso na Irlanda, “In Waiting” é o primeiro longa-duração das Pillow Queens. Este quarteto pós punk será, a curto prazo, uma banda aclamada universalmente.
As Pillow Queens são quatro miúdas de Dublin que se juntaram em 2016 para formar uma banda pop-punk depois de uma amizade solidificada por entre moshpits em concertos da cena hardcore irlandesa. Entraram de fininho, editando dois EP – “Calm Girls” (2016) e “State Of The State” (2018). Mas eis que, na recta final do ano passado, Pamela Connolly (voz, guitarra e baixo), Cathy McGuinness (guitarra e voz), Sarah Corcoran (voz, guitarra e baixo) e Rachel Lyons (bateria e voz) lançaram o primeiro longa-duração, “In Waiting”, um disco tão bombástico quanto gracioso e que as fez passar a andar em algumas bocas. Primeiro, no país natal, extravasando entretanto para o resto do planeta.
As Pillow Queens rejeitam comparações com os compatriotas pós-punk Girl Band ou Fontaines D.C., dizem-se um produto do momento político da Irlanda, que não é o melhor, e têm vaidade no seu sotaque. Em “In Waiting” não falta nada. Há serenidade, há euforia, há ganchos, há hinos… Há malhas! São 10 faixas profundas canções e de estilo único e, embora partilhem o ADN com bandas indie punk como Diet Cig, Camp Cope e Charly Bliss, as Pillow Queens têm cartões de visita distintos: harmonias bem trabalhadas, coros triunfantes e estruturas elegantes.
Outra coisa que faz as Pillow Queens soarem diferente é o melodrama literário de Connolly, que colide maravilhosamente com o espírito DIY da banda. «Pensámos que as harmonias seriam um belo contraste com as guitarras duras, e especialmente no início, com o tocar desleixado», diz Pamela Connolly, que atira: «Estamos à espera há quatro anos. As pessoas ainda não sabem quem nós somos. Mas agora estamos prontas para explodir».