“Breathe”, malhão central em “Slaves Beneath The Sun”, recente álbum dos PROCESSOFGUILT, num vídeo assombroso com arte visual de Chariot Of Black Moth.
A 23 de Junho foi, finalmente, editado o álbum. «No seu 5º álbum, os PROCESSOFGUILT congregam o poder arrasador de “FÆMIN” com as melhores conclusões dos paradigmas que exploraram em “Black Earth”. Dessa forma, “Slaves Beneath The Sun” é o novo pináculo discográfico do quarteto», lê-se na nossa review ao trabalho.
O álbum foi lançado em Junho pela Alma Mater Records, selo independente nacional e é descrito em comunicado de imprensa como «uma experiência sónica que eleva a música a uma nova dimensão de desolação e peso. Profundamente conectado ao processo de culpa que todos nós enfrentamos enquanto estamos na Terra, ‘Slaves Beneath the Sun’ actua como uma viagem através da nossa própria culpa ao longo de seis faixas mais abrasadoras do que qualquer outra coisa que os Process Of Guilt já tenham feito antes. Movendo-se de forma constante através de diferentes dinâmicas, a banda explora uma abordagem vocal mais diversificada, grooves como mantras, uma sessão rítmica esmagadora, um amor eterno por feedback e mais riffs enormes do que se pode pedir em menos de 45 minutos».
Para montar este monstro sónico, os músicos partiram do ponto em que deixaram o seu sempre crescente público com o último longa-duração, voltando mais uma vez à brilhante mistura de Andrew Schneider no estúdio Acre Audio (KEN mode, Unsane, Julie Christmas, Rosetta), em Nova Iorque, e à masterização de Collin Jordan, no The Boiler Room LLC – Music Mastering (Minsk, Eyehategod, Wovenhand), em Chicago. O processo de captação teve lugar nos Buzz Room, em Lisboa, por Paulo Basílio, produtor, engenheiro e guitarrista com o qual colaborámos longos anos nos Why Angels Fall e que tem também uma curta aparição como músico convidado neste trabalho, minando um dos temas de shred. Aliás, na última semana de Maio, o convidado esteve mesmo em palco com a banda, que se manifestou com força titânica na apresentação ao vivo de “Slaves Beneath The Sun”, no Musicbox Lisboa. A ROMA INVERSA esteve presente no concerto, em reportagem.
No esforço promocional do disco estreou vídeo single, “Victims”. E agora chegou a vez de “Breathe”, com artwork de Chariot Of Black Moth. Musicalmente, há um compasso composto que suporta este malhão (tremendo o breakdown que vai pontuando cada verso, evocativo dos Machine Head na era “Burn My Eyes”). É este tema a pedra angular de um álbum que coroa e congrega o melhor que há nos dois discos anteriores e onde, simplificando, a unidade é imposta de forma espartana, pelo bloco rítmico intransigentemente rígido (e paradoxalmente carregado de groove) que é solificado pelas batidas punitivas de Gonçalo Correia e pelo brutalmente calibrado trio de cordas.
Um pensamento sobre “PROCESSOFGUILT, Breathe”