Slash, A Gratificante Gravação de “4”

Já estreou o novo álbum de Slash ft. Myles Kennedy And The Conspirators. Deixamos as nossas primeiras impressões sobre este vibrante disco de rock, enquanto Slash refere que as sessões de estúdio foram «libertadoras».

O novo álbum de Slash, ao lado de Myles Kennedy e dos Conspirators, foi editado dia 11 de Fevereiro de 2022, através da Gibson Records, em parceria com a BMG. “4” é o quinto trabalho a solo de Slash e o quarto acompanhado exclusivamente pelos Conspirators, que contam com as vozes de Kennedy, as baterias de Brent Fritz, os baixos de Todd Kerns e as guitarras de Frank Sidoris. A acompanhar o disco, a Gibson lançou um exclusivo e limitado modelo Slash Les Paul Standard 4 em Translucent Cherry, que descrevemos em baixo.

Slash e os Conspirators viajaram juntos para Nashville e gravaram no histórico estúdio A da RCA com o produtor Dave Cobb (Chris Stapleton, John Prine, Jason Isbell, Brandi Carlile). Cobb e a banda concordaram em gravar os temas em live take, incluindo os solos de guitarra e vozes – uma estreia para o grupo – procurando dotar o disco de um dinamismo mais orgânico. “Fill My World” é uma balada bem “orelhuda”, que cai no goto e que parece confirmar que esses intentos de produção foram atingidos. Num malhão eléctrico como é “Call Of The Dogs”, Slash parece reinvidicar a importância da guitarra eléctrica no mundo. De facto, “4” é um álbum de rock vibrante, alimentado por memoráveis licks e melodias de guitarra, grandes refrões e riffs ainda maiores, expandindo aquilo que foi feito no álbum anterior. Essa sensação surge logo no tema de abertura “The River Is Rising”. O disco já pode ser ouvido em streaming no player seguinte.

Numa entrevista promocional com Jave Patterson, da estação de rádio Rock 104.5, de Reno, Slash falou sobre “4” e sobre o método de gravação empregue nas sessões de estúdio. «A grande diferença deste disco em relação aos outros é que a) o fizemos com [produtor] Dave Cobb [Chris Stapleton, John Prine, Jason Isbell, Brandi Carlile] e b) o fizemos ao vivo. Montámos o backline como se estivéssemos num palco e tocámos as canções ao vivo e gravámo-las no momento. Isso foi uma estreia para nós, basicamente, e foi uma experiência muito libertadora poder gravar dessa forma. Normalmente, quando gravamos, tocamos a canção ao vivo juntos e depois, porque detesto usar auscultadores e a forma como a minha guitarra soa nos auscultadores. Então uso essas faixas como guias e volto à sala de controlo com os monitores e gravo aí. Mas sempre quis poder fazê-lo com todos numa sala, com os amplificadores, e gravar ao vivo. E o Dave foi o primeiro produtor com quem trabalhei que encorajou essa ideia».

Nos últimos 127 anos, o nome da Gibson confunde-se com a história da construção e desenvolvimento de guitarras eléctricas e acústicas e outros cordofones. Agora, a empresa deu um novo passo com o lançamento da Gibson Records, sediada em Music City, Nashville, TN, juntamente com uma parceria estratégica com a BMG. Ao longo dos últimos dois anos e meio, a Gibson lançou iniciativas musicais de sucesso construídas em torno das suas marcas icónicas, guitarras premium e artistas espantosos, já para não mencionar as iniciativas que revitalizaram a base de fãs da Gibson e a comunidade musical em geral, incluindo a Gibson Artist Collections, a Gibson TV, a Gibson App, o Gibson Generation Group (G3), a Gibson Gives e a recentemente inaugurada Gibson Garage em Nashville. A Gibson Records foi a iniciativa seguinte, para contribuir para a evolução das parcerias de colaboração entre artistas.

Slash afirmava que era «uma honra ser o primeiro lançamento da nova Gibson Records», acrescentando: «É com certeza um zénite na nossa parceria e tendo trabalhado tão de perto com a Gibson durante tanto tempo, sei que eles serão uma editora que apoia verdadeiramente os seus artistas de forma criativa. Não só eu, mas todos os artistas com quem eles escolhem trabalhar. É perfeito». Os formatos de edição de “4” incluem o exuberante Deluxe Vinyl Box Set, com vinil de 140g em gatefolds de quatro cores (Preto, Vermelho, Azul e Roxo), distribuídas de forma aleatória, com um O-card, uma palheta de guitarra e uma miniatura da Axe Heaven Custom Limited Edition 4 Slash Les Paul; um softpack de CD numa das quatro cores acima (também aleatórias), o O-card e uma palheta de guitarra; uma cassete com um ensaio ao vivo exclusivo de 4 canções, intitulado “Live Rehearsal Tape 5/28/21”, um livro de fotografias de 36 páginas, incluindo uma entrevista aos músicos e letras escritas à mão, um patch, uma litografia assinada (limitada às primeiras 500 cópias) e uma caixa de palhetas personalizadas. Está também disponível em CD Deluxe Box Set, em Cassete e edições normais em vinil e CD.

E, uma vez que “4” é o primeiro álbum a ser editado na Gibson Records e a isso juntar-se a longa colaboração entre Slash e a lendária marca de guitarras, não é surpreendente que a Gibson tenha aproveitado para criar um instrumento alusivo ao disco. A Slash Les Paul Standard 4 Album Edition será estreada no dia de edição do disco. Apenas 250 destas guitarras foram construídas e estarão disponíveis mundialmente. Além dos aspectos visuais, as características da guitarra não fogem muito das especificações, componentes e materiais que surgem nos modelos da Gibson Slash Collection.

Cada um dos modelos Les Paul possui tampo AAA maple sob um corpo sólido em mogno. Os toques pessoais de Slash surgem no perfil “C” do braço, nos pickups de assinatura Gibson “SlashBucker”, nos apontamentos de coordenação de cores do hardware, também no circuito electrónico com capacitadores orange drop e até na mala castanha num estilo vintage. Exclusivo da colecção, a assinatura “Scully” de Slash surge na face posterior do headstock, o autógrafo do guitarrista está estampado na capa do truss rod.

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