Os amplificadores V4 Duchess e Kraken foram actualizados com a tecnologia Two Notes DynIR, a Valve Response Circuit da Victory e uma saída de auscultadores. Nesta enorme actualização da marca à gama, foram ainda acrescentados os modelos The Copper, Sheriff e Jack.
Foi sensivelmente há um ano que chegou o V4 Kraken, no já familiar chassis de alumínio V4. Compacto e com dois canais, tem um pré-amplificador accionado por válvulas e potência Classe D de 180 watts, tornando-o uma opção simultaneamente potente e portátil. Este pré-amp em forma de pedal partilha muitas das características de design do seu antecessor – o V4 Duchess -, com um invólucro super-resistente, mas elegante, e controlos protegidos por uma barra metálica, tendo, no interior, uma válvula EC900 e três CV4014. A tecnologia incorporada de simulação do Torpedo da Two Notes Audio Engineering estende a capacidade do V4 Kraken. As duas empresas anunciaram pela primeira vez uma colaboração em Setembro de 2020, lançando um conjunto de Victory DynIR Virtual Cabinets. O V4 Kraken permite ainda aos guitarristas ligação directa ao PA quando tocam ao vivo, o que significa que esta pequena unidade do tamanho de uma caixa de charutos é praticamente tudo o que precisam para construir o seu som.
Agora, o Kraken e o Duchess são postos em linha com os novos modelos, com todos os amplificadores da gama V4 equipados com a tecnologia DynIR, a Valve Response Circuit (VRC) da Victory e uma saída de auscultadores. Compactos, leves, superportáteis e facilmente integrados numa configuração de chão ou noutro local, os amplificadores V4 têm, como referido em cima, um design híbrido, com um pré-amplificador accionado por válvulas alimentando uma secção de potência de 180 watts Class D. Como sempre sucede com a marca britânica de amps de boutique, há muitas características bem porreiras. Desde logo a tecnologia da Two Notes, que oferece aos músicos a capacidade de armazenar as predefinições simp de coluna e ligarem-se directamente à mesa ou DAW. Cada amp permite 10 colunas virtuais Victory, com várias opções de mic’ing, todas elas passíveis de controlo utilizando a app Torpedo Two Notes. Já o Valve Response Circuit permite dar ao amp de potência solid state a sensação de um amp valvulado. Há também funcionalidades bem prácticas, tais como o interruptor on/off para o ventilador, que torna a gama de amplificadores V4 ainda mais prática como ferramenta de gravação, e uma saída DC de 9V que pode alimentar um afinador, por exemplo, ou qualquer outro pedal compatível.
As próprias válvulas são dignas de aplauso. O designer chefe Martin Kidd e a equipa Victory têm uma abordagem quase arqueológica ao aprovisionamento de válvulas vintage de especificação militar e à utilização destas nos seus amplificadores. Recordando, a partir daquilo que descreve no Kraken, cada um dos amplificadores V4 tem um trio de CV4014s e uma única EC900 no pré-amplificador. As britânicas CV4014s ingleses foram produzidas em 1981, na fábrica Mullard, e posteriormente colocadas em armazenamento a frio com temperatura controlada ou, mais precisamente, como explica a Victory, armazenamento típico da Guerra Fria, com as instalações utilizadas para alojar as CV4014s a operar também como um bunker nuclear. Já as EC900s são oriundas da antiga Jugoslávia, fabricadas pela Elektronska Industrija sob licença da Phillips e Mullard. Como sempre, a Victory está tão confiante na durabilidade destas válvulas que as mesmas são enviadas com uma garantia de dois anos. É bom saber disso numa era em que o mundo está a experimentar uma crise nas válvulas.
Quanto aos amplificadores, partem perfil sónico dos seus cabeços e combos correspondentes, compactando essas características para uma pequena mas resistente caixa de alumínio, completa com uma resistente barra para proteger os botões. Estes amplificadores têm aproximadamente o tamanho de uma caixa de chocolates belgas e pesam uns 1,7kg; podem ser facilmente transportados numa mochila. A Victory faz bom uso do espaço que tem. Na parte de trás das unidades, há saídas de linha balanceadas e saídas de simulação de coluna, um loop de efeitos em série, uma entrada para footswitch, uma saída de auscultadores de 1/8″, a entrada para a guitarra eléctrica, uma saída para coluna, o interruptor de on/off e o já mencionado interruptor do ventilador, tal como a saída 9V DC.
Na face frontal também há margem de sobra para moldar o som. Os amplificadores Jack, Sheriff e Kraken têm dois canais, com um pedal footswitch para alternar entre eles. No Duchess, este footswitch é utilizado para activar ou desactivar o tremolo. No Copper activa um boost de médios-agudos. Cada unidade tem um EQ de três bandas, um botão rotativo de seis vias para seleccionar a simulação de coluna, um botão para o nível sim no sinal e ainda o reverb. Depois, existem algumas diferenças entre os modelos de dois canais e aqueles com efeitos no circuito.
As características do Kraken abrem este artigo. Vamos então olhar a cada um dos outros modelos. O Sheriff é um amplificador de rock clássico, com um canal vintage para longas noites de devoção som som de Clapton e um canal “hot-rodded” para o rock e metal dos anos 80. Ambos os canais têm um master volume e gain independentes. O Jack, entretanto, foi desenvolvido com Guthrie Govan, e é “pau para toda a obra”. Um canal oferece sons limpos até ao ponto de ruptura, o outro coloca no menu uma espessa overdrive. Tal como o Kraken e o Sheriff, cada canal tem os seus próprios controlos de gain e master volume.
O Copper é uma unidade pré-amp valvulada, com um carácter sonoro inspirado nos amps britânicos do final da década de 50, capaz de sons limpos cristalinos e uma roufenha overdrive rocker. Pode ser usado à frente de um amp ou ligado na secção FX Loop para fazer bypass ao som do amp e garantir uma representação mais fiel ao som autêntico do Copper. Possui o mesmo esquema EQ de todos os pedais pré-amp da Victory, mas este V4 Copper acrescenta um treble booster e um controlo de tone geral. O circuito treble boost pode ser controlado por footswitch, para actuar instantaneamente em solos ou em alterações de textura das canções. Há mais controlos, como o alternador de três posições para os graves, que permite ajustar a resposta destas frequências para melhor conjugação com o amp que usarem. Há ainda dois controlos independentes de master volume.
Finalmente, o Duchess é a personificação da nobreza nos sons limpos e low-gain, aqui verdadeiramente excepcionais e adocicados por reverberação e tremolo. A tecnologia Two Notes e o interruptor para o ventilador são actualizações inteligentes que melhoram um design já superlativo. Tal como o novo circuito VRC, que Martin Kidd e a Victory prometem tornar a secção de potência solid state mais semelhante a uma valvulada. «A ideia por detrás deste pequeno pedaço do circuito é imitar o que um controlo de ‘ressonância’ ou ‘batida’ (outros adjectivos estão disponíveis!) faz no amplificador de potência de um amplificador a válvulas. Assim, com o circuito VRC aproximamo-nos de como se deve sentir uma secção de potência de válvulas, mas num pequeno amplificador que podemos enfiar para a nossa mochila e ainda assim obter até 180 watts de potência!», disse o principal engenheiro da marca.
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