André Carvalho, Técnicas de (in)Tradução em Lisboa

O contrabaixista André Carvalho assenta arraiais em Lisboa (com uma perninha em Almada e data tripla no Hot Clube), para mostrar ao vivo o seu mais recente disco, “Lost In Translation”.

André Carvalho, contrabaixista e compositor, volta à carga com o seu trio numa série de concertos de apresentação do seu mais recente álbum, “Lost In Translation”. Estes serão na zona de Lisboa durante os meses de Julho e Agosto, nomeadamente no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço (14 Julho, Algés), Auditório Fernando Lopes-Graça (30 Julho, Almada) e 3 concertos no Hot Clube (4, 5 e 6 Agosto, Lisboa).

Ao lado de Carvalho estarão o saxofonista José Soares e o guitarrista André Matos, músicos com quem tem colaborado intensamente nos últimos anos e que formam o trio. A busca incessante por novas sonoridades tem levado o contrabaixista a explorar algumas áreas musicais tais como o jazz, a música improvisada, a música experimental e a música contemporânea dita erudita. Por isso, não será de estranhar que coabitem no mesmo álbum composições que exploram diferentes sonoridades, tempos, silêncio, espaço, cores, dinâmicas, texturas e ruídos. De referir ainda que o concerto no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço será gravado e que coincidirá com os dois anos de aniversário do grupo. Para os concertos no Hot Clube de Portugal, André contará com a versão LP dos álbum que deverá receber no início de Agosto. Além do formato CD, estará também disponível algum merchandise alusivo a “Lost In Translation”, nomeadamente totebags, ímanes (com algumas das palavras intraduzíveis escolhidas), songbook, posters, postais, entre outros.

Inspirado em palavras “intraduzíveis”, André lançou o seu quarto álbum em Outubro de 2021. Para os próximos concertos, Carvalho apresentará ainda algumas novas composições que farão parte do segundo álbum do trio a editar em 2023. André refere-se à música do trio como «o universo das palavras intraduzíveis é tão incrível que decidi escrever um ciclo de música inspirado em palavras de mais de 10 línguas como o Sueco, Urdu e Wagiman (língua actualmente falada por apenas 2 pessoas no mundo)!» Ao falar sobre “Lost In Translation”, André cita uma icónica frase de Wittgenstein: «os limites da minha língua significam os limites do meu mundo». André diz realmente acreditar nisto e que, para si, ao aprendermos novas palavras, a nossa consciência se torna mais sensível aos outros, tornamo-nos mais empáticos e o nosso mundo se torna mais rico.

“Lost In Translation” saiu pela editora americana Outside in Music e conta com os apoios da Fundação GDA, Antena2, Companhia de Actores e do Teatro Municipal Amélia Rey Colaço. Gravado, misturado e masterizado pelo engenheiro de som Tiago de Sousa, com quem Carvalho trabalhou nalguns dos seus discos anteriores, o artwork foi desenvolvido pela designer Margarida Girão. “Lost In Translation” sucede-se a “The Garden of Earthly Delights” (Outside in Music, 2019), inspirado no famoso quadro homónimo de Hieronymus Bosch.

A foto na entrada do artigo é da querida Vera Marmelo.

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