As Titânicas Cordas Vocais de Beth Hart

Beth Hart é uma das rainhas do blues rock contemporâneo. Dona de um vozeirão, a cantora norte-americana rebenta com os microfones da rádio OÜI FM, numa versão semi-acústica de “Whole Lotta Love”, dos Led Zeppelin, uma das suas maiores paixões.

Nasceu em Los Angeles, no dia 24 de Janeiro de 1972. O seu percurso musical teve início no piano, instrumento que começou a aprender aos quatro anos de idade, introduzindo-a ao mundo clássico e aos grandes compositores como Bach ou Beethoven. No liceu iniciou a aprendizagem no violoncelo. Todavia, a adolescência trouxe-lhe o contacto com artistas mais marginais, como Etta James, Otis Redding ou Led Zeppelin – uma das suas maiores paixões (quem nunca). A paixão pelo rock ‘n’ roll, pelo blues e pela soul nunca mais se extingiu e Beth Hart, desde que editou o seu álbum de estreia, “Screamin’ For My Supper” de 1999, tem progressivamente ascendido à nobreza desses géneros, devido ao seu tremendo poder vocal.

A aclamação incontestada surgiu com os discos ao lado de Joe Bonamassa, “Don’t Explain”, “Seesaw” e, principalmente, “Live In Amsterdam”, que capta um vibrante concerto que a dupla ofereceu em agradecimento ao disco de ouro que o primeiro atingiu nos Países Baixos. É aí que ficoun registada a emotiva e poderosa versão de “I’d Rather Go Blind”, o clássico blues que Ellington Jordan escreveu para Etta James, que o gravou originalmente em 1967.

Hart possui, aproximadamente, um alcance vocal entre três e quatro oitavas. Mas o carácter do seu timbre e a agressividade das suas entoações serão os seus mais aclamados atributos. O seu ataque poderoso é-lhe tão natural como respirar e é perfeitamente capaz de preencher harmonicamente, quase sozinha, uma canção, como é o caso desta extraordinária interpretação de “Whole Lotta Love”, clássico dos Led Zeppelin.

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