A Ibanez Guitars apresentou sete guitarras de assinatura no seu catálogo de 2023. As guitarras são novas versões de alguns dos mais notáveis guitarristas no roster da marca, caso de Joe Satriani, Steve Vai, Paul Stanley, Lari Basilio, Martin Miller e Ichika Nito.
A NAMM está de regresso para a edição de 2023. A mais importante exposição de instrumentos musicais do mundo decorre entre os dias 13 e 15 de Abril de 2023, no local tradicionalmente destinado à Winter NAMM, o Centro de Convenções de Anaheim, na área metropolitana de Los Angeles, Califórnia. Fender, Gibson e PRS, os maiores fabricantes de guitarras norte-americanos, não vão estar presentes na exposição. Todavia, há um universo gigante de marcas de enorme relevância e impacto e as novidades são para lá de muitas e, na sua maioria, excitantes, caso das novas guitarras de assinatura da Ibanez.
Os novos modelos de Lari Basilio, Martin Miller e Ichika Nito vão tornar-se parte do catálogo “normal” da marca. A da shredder já era bastante esperada, depois de ter sido anunciada há algum tempo, inclusive no périplo europeu que trouxe Lari Basilio a Lisboa. E também não apresenta novidades para lá do novo acabamento White. De resto, todos os specs são mantidos.
A Ibanez LB1. É um instrumento com corpo em ash e um vanguardista braço em roasted birdseye maple com perfil Oval C S-TECH WOOD, a mesma engenharia aplicada à escala, na mesma madeira do braço, com um raio composto (9”-12”) e percorrida por trastes jumbo em aço inox e com tratamento Prestige nas arestas. A guitarra conta também com pickups de assinatura, os Seymour Duncan Lari Basilio, numa configuração HSS e com circuito dyna-MIX9 via Alter Switch. O hardware inclui o tremolo Gotoh T1702B e os afinadores Gotoh Magnum Lock c/H.A.P. A LB1 White surge com um preço de 2700 dólares.


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O novo modelo de Martin Miller, a MMN1 possui o braço de inspiração AZ-N da anterior MM1 e o mesmo acabamento Transparent Aqua Blue, mas reimagina o design S-Style contemporâneo numa configuração de pickups HSS, com um conjunto Seymour Duncan Fortuna controlado pelo sistema de switching Ibanez dyna-MIX9, completo com Alter Switch. A construção revela um corpo em mogno sólido, com um tampo flame maple de 4mm. O braço é roasted maple, com escala em rosewood, trastes em aço inox e o mesmo hardware Gotoh que a LB1. Tal como a guitarra de Lari, também esta possui raio composto (9”-12”) e o tratamento Prestige nas arestas dos trastes, marcadores laterais Luminlay e estojo rígido incluído. A Ibanez MMN1 bate nos 3466 dólares.
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A Ichika Nito ICHI00 baseia-se numa compacta Ibanez Talman e surge em acabamento White. Ainda que não seja muito distante de uma TM1730, apresenta alguns apontamentos mais luxuosos, como o braço roasted maple, com o velocíssimo perfil Wizard C da Ibanez, afinadores de bloqueio Gotoh MG-T e um trio de single-coils ICHI-S. O melhor de tudo isto é que, muito devido ao corpo bolt-on em nyatoh, a guitarra é a mais económica dos anúncios Ibanez até ao momento, com um street price em torno dos 700 dólares.
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No plano oposto, economicamente falando, surge aguitarra que celebra 35 anos de parceria entre Steve Vai e a Ibanez Guitars, a PIA77BON, cujo preço chega aos 8500 dólares. Enfim, são estas coisas de coleccionadores e é um instrumento carregado dos componentes mais high-performance que a Ibanez tem para oferecer actualmente.
Esta versão do formato PIA surge num acabamento em swirl multicolorido por hidro-dipping (imersão no líquido), técnica recém-desenvolvida pela Ibanez especificamente para esta série limitada de guitarras. O esquema de cores foi escolhido por Steve Vai e, como é fácil constatar, faz referência a modelos JEM e UV clássicos. Já agora, o acabamento é designado por Brilliance Of Now, daí a sigla “BON” no nome do modelo. A guitarra possui corpo em alder, com as icónicas pegas no formato Petal Grip, e braço a misturar cinco peças de maple e walnut. O vibrato de duplo bloqueio é um Low-Pro Edge e os pickups são o conjunto de assinatura de Vai com a DiMarzio, os UtoPIA – o controlo de volume possui um circuito high-pass filter.


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Joe Satriani, o pai desta malta toda, também celebra o seu 35º aniversário de colaboração com a Ibanez Guitars e para assinalar a efeméride tem dois novos modelos JS de edição limitada, cada um deles a acenar aos seus primeiros anos com a marca. A JS3CR e a JS1BKP são Satch vintage. Os preços são mais moderados que a assinatura de Vai, mas também não são propriamente meigos.
A JS3CR evoca o modelo “Chrome Boy”, com um corpo em basswood num acabamento cromado que é quase um espelho. Na ponte está um humbucker DiMarzio Satchur8 e no braço um humbucker PAF Pro. Também este circuito tem o high-pass filter no controlo de volume, aqui coordenado com sistema coil-tap no controlo de tone. O braço é em maple, com escala em rosewood atravessada por 22 trastes médios. Tremolo Edge e afinadores Gotoh de proa. A Ibanez JS3CR chega aos 5400 dólares.


A JS1BKP foi desenvolvida pelo shredder e pela Ibanez Custom Shop em Los Angeles. O corpo (acabamento Paisley) é em alder e os pickups são um SUSTAINIAC Driver no braço conjugado com o ‘bucker Satchur8, tal como no modelo supracitado. Aliás, todos os restantes specs de braço, escala e hardware são semelhantes. O preço desta guitarra bate nos 3500 paus.


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O melhor para o fim (o formato Iceman é uma paixão por estes lados). Mais uma Paul Stanley Iceman com o acabamento Ckracked Mirror, a PS3CM foi concebida para celebrar o 45º aniversário da PS10, que esteve originalmente em produção entre 1978 e 1981. É um dos mais agressivos designs da Ibanez e tornou-se intemporal.
A PS3CM é construída com corpo em mogno africano, com tampo em maple, e com braço em três peças de maple. A escala em ébano é percorrida por trastes médios, com tratamento Prestige nas arestas. O hardware é todo Gotoh. Nos PUs surgem modelos Seymour Duncan, com o frontman dos KISS a emparelhar um clássico ’59 com um Custom 5. A Ibanez PS3CM vale 7000 dólares. Podem sondar mais detalhes de cada uma destas guitarras na Ibanez.


Um pensamento sobre “Ibanez Guitars, As Assinaturas de 2023”