O frontman dos Melvins apareceu recentemente no podcast “Side Jams with Bryan Reesman”, para falar sobre o seu amor pelo golfe. Ele referiu-se à sua preferência por campos públicos e como a sua abordagem difere dos outros golfistas. Pelo meio, deixou essa monumental tirada sobre guitarristas.

Buzz é, para todos os efeitos, um tipo invulgar. E, aparentemente, o frontman dos Melvins também é um golfista invulgar. Precisamente, no podcast “Side Jams with Bryan Reesman”, o músico falou sobre o seu estilo invulgar de jogar golfe: «Tenho uma forma muito estranha de jogar golfe. Normalmente, usas 14 tacos, eu uso 9. Tenho uma forma esquisita de jogar». Foi aí que surgiu a analogia com o universo da guitarra e na forma intuitiva como Jimi Hendrix mudou as regras do jogo…

De acordo com Buzz Osborne: «Simplifico as coisas de muitas maneiras que não te ensinam realmente a fazer, mais ou menos como o Jimi Hendrix ser considerado o melhor guitarrista em muitas áreas. Mas não há uma única coisa que ele faça a tocar que qualquer professor alguma vez lhe tivesse ensinado, porque ser tão fora da caixa. Ele é o melhor, mas nunca ninguém te ensinaria a fazê-lo da forma como ele tocava, o que para mim é uma loucura. Então, se ele é o melhor, devia ensinar-se as pessoas a tocar como ele toca, mas são demasiado conservadoras. Os golfistas são demasiado conservadores. Os guitarristas são algumas das pessoas mais conservadoras na face da terra. Se tentares que eles façam algo descentrado, isso não vai acontecer. Nunca fez qualquer sentido para mim. Nunca o compreendi. De qualquer forma, nunca tive aulas de guitarra. E também nunca tive realmente aulas de golfe. E, até agora, tudo bem».

King Buzzo continuou a relacionar entre o golfe e a música, a propósito das pessoas que vêem o golfe como uma actividade algo elitista: «Normalmente saio em digressão para fazer 80 a 120 concertos por ano, um perído de tempo em que não jogo golfe. Desta vez [durante a pandemia], isso não aconteceu. Por isso, estou a jogar o meu melhor golfe de sempre. Quanto ao meu jogo, agora estou a um nível em que vou participar em torneios e todo esse tipo de coisas com um monte de gente normalíssima. Pessoas que não são, de todo, do mundo da música. Fiz muitos amigos no mundo do golfe que não têm nada a ver com música, o que temos em comum é um amor intenso pelo golfe. E as pessoas têm esta ideia de que só existem esses idiotas dos country clubs. Será que pareço um idiota de um country club? Ou que eu quero ser um idiota de um country club? Ou que poderia misturar-me facilmente com pessoas dessas? Odeio-as tanto como qualquer um. Fora deste contexto, não quero ter nada a ver com eles. A única coisa que é boa num country club é o seu campo de golfe. Esse tipo de pessoas que lá está e a seu vibe, não quero ter nada a ver com isso. Sou um tipo de campos públicos, mini campos, e estou bem assim. Não tenho qualquer interesse em dar graxa a esses malditos idiotas, nem tenho, de forma alguma, esse objectivo».

Podem ver a entrevista completa no player em baixo. Vale a pena recordar que os Melvins, uma das bandas que fundou o sludge, estrearam recentemente uma versão de “Spoonman”, dos Soundgarden, com a colaboração de Matt Cameron.