Morreu David Crosby, música de superlativa importância no cancioneiro norte-americano das décadas de 60 e 70. Tornou-se um ícone nos Byrds e em Crosby, Stills, Nash & Young. Tinha 81 anos de idade.
David Crosby morreu aos 81 anos de idade, após um «longo período doente». A informação foi confirmada pela mulher do cantor e guitarrista, Jan Dance, à revista “Variety” na passada noite de 19 de Janeiro. As causas da morte não foram reveladas: «É com grande tristeza, depois de um longo período doente, que o nosso amado David (Croz) Crosby morreu. Ele estava cercado pelo amor da sua mulher e alma gémea Jan e do seu filho Django. Por mais que ele não já esteja aqui connosco, a sua humanidade e alma gentil vão continuar a guiar e a inspirar-nos. O seu legado vai continuar a viver na sua música lendária. Paz, amor e harmonia para todos os que conheceram David e aqueles que ele tocou. Ele vai fazer muita falta».
Ao longo dos anos, as conquistas de David Crosby foram muito além daquilo que o velho hippie poderiam ter imaginado. Croz assinou cerca de 35 milhões de discos vendidos. Foi introduzido duas vezes no Rock & Roll Hall of Fame – uma vez devido aos seus anos com o inovador grupo folk rock Byrds e depois devido à sua era Crosby, Stills, Nash & Young (eventualmente, Neil Young sairia), grupo descrito pelo Hall of Fame como «a experiência mais longa da América em harmonia vocal e relevância social».
A história de Crosby, Stills, Nash & Young é uma saga marcada por grande música, rupturas amargas, reuniões relutantes, rupturas mais amargas e devolução em duos, actos a solo e bandas totalmente diferentes. Ao longo de mais de meio século, os músicos produziram dolorosamente tanto psicodrama como canções, com os seus ressentimentos e discussões por vezes escritos nas próprias letras das canções. No filme “David Crosby: Remember My Name”, o guitarrista refere que alienou a grande maioria dos músicos com os quais teve uma relação mais próxima. Entrevistado para a ocasião, Roger McGuinn dos Byrds afirma que Crosby «tornou-se insuportável».
Este “David Crosby: Remember My Name” é um documentário determinante para melhor compreender o génio. Um filme revelador e profundamente pessoal que explora a vida e o renascimento criativo do ícone David Crosby. Uma força cultural durante mais de cinquenta anos, Crosby enfrentou um futuro incerto após a dissolução de Crosby, Stills e Nash em 2015. Repleto de problemas de saúde e obstáculos pessoais, Crosby forjou um novo caminho aos 77 anos de idade. Procurando músicos mais jovens e gravando um par de novos álbuns elogiados pela crítica, Crosby procurou deixar uma marca num mundo agora tão diferente da geração que veio a definir nos anos 60.
Com honestidade inabalável, auto-crítica, arrependimento, medo, exuberância e uma crença inabalável na família e na natureza transformadora da música, Crosby partilha com humor e mordacidade o seu percurso frequentemente desafiante. Para os que conhecem a sua carreira a fundo e aqueles que apenas o conhecem superficialmente, este documentário de David Crosby faz o retrato de um homem que ainda se inclina contra todos os moinhos de vento, com tudo menos uma reforma fácil na sua mente. Um história inspiradora, cheia de música.
Podem descobrir mais no website oficial de “David Crosby: Remember My Name”. No player seguinte podem disparar o teaser (quanto a bootlegs, hoje em dia todos conseguem safar isso). A foto do artigo é de Christopher Prentiss Michel.