“Everything Must Come To An End” é uma canção que Sylvaine duvida ser capaz de interpretar ao vivo, daí ter pretendido oferecer uma espécie de actuação da mesma. O novo vídeo mostra a norueguesa feérica, acompanhada da sua peculiar Fender Toronado ’98.
A multi-instrumentista Sylvaine revisitou o seu álbum “Nova”, editado no passado dia 4 de Março, pela Season Of Mist, com a criação de um raro vídeo promocional. O seu tremendo impacto emocional foi cristalizado pelas filmagens de William Lacalmontie ao tema “Everything Must Come To An End”.
A norueguesa explicou a necessidade de imnortalizar a canção em imagens: «Esta canção… Há pelo menos uma faixa em cada álbum que ressoa de forma extremamente profunda comigo de cada vez que a revisito de alguma maneira, e a ‘Everything Must Come To An End” é sem dúvida uma dessas no ‘Nova’. Foi a primeira canção que escrevi para o álbum e, ao mesmo tempo, já era uma espécie de premonição daquilo em que a vida se iria tornar pouco tempo depois. Todo o álbum é colorido pelas emoções expressas nesta faixa específica, especialmente em termos da impermanência de todas as coisas. É uma conclusão emocionalmente pesada para um álbum que foi muito difícil de fazer. A ‘Everything Must Come To An End’ é uma faixa que duvido vá alguma vez ser capaz de interpretar ao vivo, daí ter querido dar às pessoas uma hipótese de verem uma espécie de actuação da mesma. O realizador e criador William Lacalmontie capturou um equilíbrio perfeito e íntimo entre coração partido e coração quente neste vídeo, algo pelo qual estou extremamente grata. Ele conseguiu criar um visual que abraça perfeitamente cada aspecto deste tema».
Em “Nova”, Sylvaine solidifica as suas credenciais de compositora no domínio do metal mais atmosférico, com um foco abrangente que se alarga do shoegaze ao folk, passando pelo doom e o black metal. Katherine assumiu não só as composições, mas também a grande maioria da instrumentação, entregando apenas as baterias a Dorian Mansiaux, que a tem acompanhado ao vivo. Ao longo de seis canções, somos conduzidos numa viagem de enorme carga emocional, que nos faz oscilar entre uma neo-espiritualidade, momentos de meditação e ainda de uma vulnerabilidade crua. A ligar tudo surgem os momentos em que Katherine assume vozes angelicais, encantadoras, que surgem como um movimento catártico entre as entoações feéricas e o peso das camadas instrumentais. É este o centro da apreciação a “Nova” que fizemos em tempo oportuno.
No vídeo intimista, luminoso e mesmerizante, de “Everything Must Come To An End”, Sylvaine surge acompanhada da sua Fender Toronado ’98. Essa guitarra e uma Fender Jaguar MIM gravaram a totalidade de “Nova”, ligadas através de um Marshall JCM800, combinado com um Peavey Bandit. Nos pedais, a norueguesa trabalha em grande proximidade com a EarthQuaker Devices e o overdrive Palisades está ligado de uma ponta à outra do disco.