David Gilmour

David Gilmour, O Regresso a Pompeia

Nos dias 7 e 8 de Julho de 2016, 45 anos depois do mitológico concerto dos Pink Floyd em Pompeia, David Gilmour regressou ao antigo anfiteatro romano (dessa vez com plateia) para um concerto sumptuoso. Eis uma ampla galeria fotográfica e o filme integral dessas duas noites.

“Live at Pompeii”, possivelmente um dos mais icónicos concertos gravados, foi produzido ao longo de quatro dias, com uma setlist com músicas de “Meddle” e “A Saucerful of Secrets”. Os Pink Floyd deram um concerto inesquecível na cidade de Pompeia em 1971, que ficou marcado na história através do filme “Pink Floyd: Live at Pompeii”.

2016. Marcou esse ano o 45.º aniversário desde o famoso concerto dos Pink Floyd no antigo anfiteatro romano nas ruínas deixadas pela erupção do Vesúvio em 79 d.C. A assinalar a efeméride, David Gilmour passou por Pompeia para dois concertos no mesmo anfiteatro, nos dias 7 e 8 de Julho desse ano. A grande diferença é que, ao contrário da actuação original, Gilmour contou com uma plateia e a visita deveu-se à digressão proveniente do seu último álbum a solo, “Rattle That Lock”, em vez de se focar exclusivamente no catálogo dos Pink Floyd que, de qualquer forma não foi esquecido (nem podia ser de outras forma.

Depois do estrondoso sucesso comercial que foi “The Endless River”, o último álbum de Pink Floyd, David Gilmour sentiu-se motivado a continuar a trabalhar arduamente e pouco tempo depois confirmou oficialmente a edição de “Rattle That Lock”, o seu primeiro trabalho de originais, a solo, em 10 anos. O álbum chegou às lojas a 18 de Setembro de 2015 e contou com colaborações como Jools Holland, Phil Manzanera, de Roxy Music, e a própria esposa de Gilmour, Polly Sampson, que escreveu algumas das letras presentes no disco. As gravações decorreram, na sua maioria, no próprio estúdio de Gilmour que, inclusivamente, “ressuscitou” a histórica Black Strat para gravar vários apontamentos musicais, mas essa é uma história para outra ocasião.

Portanto, 45 anos depois dos Pink Floyd aí terem feito história, David Gilmour voltou à antiga urbe romana para , em duas noites, mostrar-se em concerto. Essas duas actuações, tal como sucedera com a passagem dos Pink Floyd, foram igualmente documentadas e transformadas num filme. “David Gilmour Live at Pompeii” foi realizado por Gavin Elder e mistura gravações das duas noites, onde o artista tocou êxitos dos seus álbuns a solo, “On an Island” (2006) e “Rattle That Lock” (2015), assim como uma retumbante interpretação da épica canção “The Great Gig in the Sky”, retirada do über clássico “The Dark Side of the Moon”. O concerto foi um enorme espectáculo visual com lasers, pirotecnia e um enorme ecrã circular no qual filmes especialmente criados para essas duas noites complementaram a setlist.

Se há coisas consensuais na música, a reverência ao som de guitarra de David Gilmour é uma delas. Há quem acuse esse mesmo som de ter iniciado a descaracterização dos Pink Floyd e a desfragmentação progressiva da banda, mas, mesmo que isso fosse verdade, não há como negar a beleza dos fraseados do guitarrista, a sua pujança melódica, e aquele som meloso de guitarra que é um dos mais distintos de sempre. Mais importante que tudo isso, é a música incrível e a performance fantástica de uma banda repleta de talento. Além de Gilmour, os músicos são Chester Kamen (guitarras), Guy Pratt (baixo), Greg Phillinganes (piano, synths), Chuck Leavell (órgão, acordeão, synths), Steve DiStanislao (bateria e eolífono em “One Of Theses Days”), João Mello (saxofones e clarinete) e há ainda os coros de Bryan Chambers, Lucita Jules e Louise Clare Marshall que assumem o protagonismo vocal na referida “The Great Gig in the Sky”.

“David Gilmour Live at Pompeii” foi inicialmente disponibilizado em várias salas de cinema, posteriormente, Gilmour disponibilizou o filme em streaming integral e gratuito no YouTube. Dispara o histórico concerto no player seguinte.

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