Extreme: Led Zeppelin, Banshees & Trolls Digitais

Os Extreme estrearam mais dois singles de “Six”. “Banshee” e “#Rebel” (esta uma mordaz crítica à praga moderna que são os guerreiros de teclado) mostram a banda no domínio pleno das suas dinâmicas instrumentais, hard rock vigoroso e um aceno de homenagem à imponência dos Led Zeppelin. O novo álbum chega em Junho.

Foi no início de Março que os Extreme finalmente anunciaram um novo álbum. O seu sexto registo de estúdio – apropriadamente intitulado “Six” – vai ser editado a 9 de Junho de 2023. Sucede a “Saudades de Rock” (2008) e quebra um silêncio criativo de 15 anos. Pelo que se depreende do seu primeiro single, “Rise”, vai ser um estouro! Aclamado por meio mundo, particularmente pelo solo, em “Rise” Nuno Bettencourt oferece-nos um dos mais vertiginosos e intensos momentos de guitarra eléctrica dos anos mais recentes.

As coisas aqueceram ainda mais já em Abril, com a estreia simultânea de mais dois singles: “Banshee” e “#Rebel”. No primeiro, Gary Cherone (voz), Nuno Bettencourt (guitarra), Pat Badger (baixo) e Kevin Figueiredo (bateria) dão-nos uma malha hard rock com um charme clássico e uma galopante secção rítmica. Não será necessário referir o nível de feitiçaria da guitarra eléctrica, enquanto a voz de Cherone evoca o poder da folclórica entidade que inspira a malha. Em “#Rebel”, o peso de tudo isto é ainda mais elevado, com a forte e cadenciada secção ritmica, um riffalhaço musculado (com apontamento harmónicos e dive bombs evocativos de Eddie Van Halen) e uma estética que acena aos Led Zeppelin.

Em “Six”, os Extreme oscilarão entre petardos hard rock e baladas intimamente introspectivas – a dinâmica tradicional da banda, afinal. Para a gravação do álbum de 12 faixas, produzido por Bettencourt, os membros juntaram-se no seu estúdio em Los Angeles para canalizar o ecletismo eléctrico que definiu o seu estilo com um toque de século XXI.

O frontman Gary Cherone deixa claro que “Six” mostra a banda no pleno das suas capacidades: «Musicalmente, é agressivo. Liricamente, é um alerta sobre a fama, a ascensão e queda da fama. És seduzido por isso. Uma vez no topo, eles dão cabo de ti e deitam-te abaixo. Essa é a natureza da besta. Nos Extreme, há sempre muita paixão e alguma acidez. Não estamos em competição com mais ninguém, mas esforçamo-nos por nos superarmos a nós próprios. Há alguns momentos neste álbum em que o fizemos. Conseguimos estar juntos depois de todos estes anos. Sentimos que temos algo a provar quando subimos ao palco ou ao estúdio. Por causa disso, acredito que algumas destas canções estão entre as melhores que já escrevemos».

Se desejarem, a pré-encomenda de “Six” está disponível via earMUSIC.

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