Existem «toneladas de material» inédito nos estúdios 5150, onde os Van Halen se concentravam para trabalhar, sob a batuta de Eddie Van Halen. Michael Anthony, antigo baixista dos titãs californianos, garante que muito desse arquivo tem qualidade de álbum.
Antigo baixista dos Van Halen, Michael Anthony afirmou por estes dias que há toneladas de material no arquivo da banda que poderá vir à luz do dia no futuro, como destacou a Louder, por sua vez, reportando uma entrevista com Eddie Trunk na SiriusXM. Nela, o músico garante: «Vamos encetar uma série de reedições alusivas aos anos de Sammy (Hagar), de todos os seus álbuns, e o primeiro que sairá será o álbum ao vivo ‘Right Here, Right Now’ que fizemos em 1992».
O álbum combina canções executadas durante duas noites, em Maio de 1992, na Selland Arena, em Fresno, CA. A maioria das canções escolhidas para a tracklist foram extraídas da primeira noite, tais como os solos interpretados por Eddie Van Halen e Sammy Hagar. Lançado em 1993, “Live: Right Here, Right Now” é o primeiro álbum ao vivo dos Van Halen. É o único álbum ao vivo da banda com Sammy Hagar e Michael Anthony permaneceu como único nessa categoria até ao lançamento do “Tokyo Dome Live in Concert”, em 2015. No dia 23 de Março de 2023, “Live: Right Here, Right Now” celebrou o seu 30.º aniversário e foi alvo de uma retrospectiva aqui na ROMA INVERSA.
Precisamente, no trabalho de recuperação deste disco, na procura de eventual material inédito que lhe pudesse ser associado na reedição, os membros sobreviventes dos Van Halen têm dado de caras com um gigantesco e metódico arquivo, como refere Anthony: «Estamos a ‘desenterrar’ coisas. Há muito mais material nos estúdios do Ed, os 5150; o Wolfie ou o Alex vão começar a rever o material e catalogar o que há. Há uma tonelada de material».
E se o baixista se está a referir a demos e canções inéditas, que podem não passar no crivo de exigência da banda, a respeito do arquivo que existe dos Van Halen ao vivo, que reporta até ao início da década de 80 e à era original de David Lee Roth, não há grande margem para dúvidas de que o calibre é «almost album quality», e Anthony garante haver muito o que filtrar: «Sei que, nas primeiras digressões, gravávamos todos os concertos. Isso era só para a banda, para nos podermos avaliar depois de cada espectáculo, e isto durou alguns anos. Nas primeiras digressões, gravávamos quase todos os concertos. E tenho a certeza que algures na casa do Eddie ou do Wolfgang, há muitas destas fitas».