A celebrar o seu terceiro aniversário, a editora portuense Gruesome Records está a oferecer uma oportuna campanha que permite desconto nos discos (em todos os formatos disponíveis) do seu catálogo actual. Descobre como usufruir e os álbuns por onde começar.
Um projecto surgido na pandemia, mas que tem vindo a estabelecer-se de forma sustentada. A Gruesome Records, editora indie nacional, tem vindo a preencher de forma significativa o seu catálogo desde o ano 2020. O selo sediado na cidade Invicta apresentou já títulos de nomes como Boulder, Law Of Contagion, Redemptus, VØIDWOMB, Pitch Black ou Basalto. No total são 29 edições de 31 bandas, oriundas de países como Finlândia, Espanha, Inglaterra, Itália, Turquia, Tunísia, Colômbia, Brasil, Estados Unidos e Suécia, além da grande maioria oriunda de Portugal.
Em franca e interessante expansão, a label apresentou-se oficialmente ao público no dia 1 de Junho de 2020. Portanto, a Gruesome Records está a celebrar o seu terceiro aniversário durante o mês de Junho de 2023. Em comunicado, agradece a todas as bandas e aos fãs que têm alimentado a cena. E se editora promete que está muito mais para vir também está a oferecer uma promoção bem interessante para celebrar o seu catálogo: 30% de desconto em todas as suas edições, em qualquer formato (do digital ao vinil), acessível através do Bandcamp oficial da Gruesome Records e que necessita apenas da utilização do código 3YEARSPROMO no checkout, de forma a ser redimido.
A promoção é válida até ao dia 15 de Junho. Se não sabes por onde começar, deixamos algumas sugestões – recordando a nossa apreciação a alguns títulos com o selo da Gruesome Records, caso de discos de Redemptus, Inhuman Depravity, a reedição do clássico de estreia dos Pitch Black ou o mais recente trabalho dos Elitium.
Pitch Black, “Thrash Killing Machine” | Guitarrista e dínamo da banda desde a sua fundação, Álvaro Fernandes recorda: «Entramos para estúdio no ano de 2003 para gravar “Thrash Killing Machine” e após uma busca incessante por uma editora, vê finalmente a luz do dia em Março de 2005. De tudo o que fizemos em 25 anos de banda, se tivesse que referir um momento crucial na carreira de Pitch Black, inevitavelmente escolheria o dia 18 de Março, dia em que é oficialmente editado o nosso primeiro álbum de estúdio. O motivo é simples: elevou o nome da banda a um outro patamar – que até à altura não tinha sido atingido – o que era, sem dúvida, uma das nossas principais metas».
Redemptus, “Blackhearted” | Se no início da sua carreira, no primeiro álbum e, principalmente, ao vivo a execução dos músicos e a desenvoltura das canções eram sufocadas por espartilhos cénicos, em “Blackhearted” tudo parece ter sido muito mais espontâneo e cru que nos trabalhos anteriores. É como se gravar o disco de forma mais “simples”, directa e livre, sem polir tudo, sem procurar “perfeição” de estúdio, tenha não só aumentado o headroom com que soam os instrumentos, como o das próprias canções e da banda. Com isso, a personalidade dos Redemptus segue cada vez mais vincada e referências como Zozobra, Old Man Gloom, Converge, Cursed ou Isis, assumidas desde sempre pela própria banda, são cada vez mais pálidas. (REVIEW COMPLETA)
Inhuman Depravity, “Experimendead” | “Obsessed With The Mummified” abre este trabalho com violência animalesca. De facto, a fúria de blasts atinge por vezes extremos picos de intensidade, o som de baixo é imensamente dinâmico, com tremendos slaps, os pinch harmonics das guitarras, os frenéticos hammer-ons/pull-offs e os seus riffs respeitam o legado de décadas deste género. Ao mesmo tempo, Murat Sabuncu consegue também criar vários e atraentes apontamentos melódicos e ainda sublimes apontamentos dinâmicos que criam nuances e contrastes atmosféricos à intransigente sova rítmica a que somos sujeitos. (REVIEW COMPLETA)
Elitium, “Wrong” | Há uma corrente que nos diz que o death metal, quanto mais brutal, melhor. A selvática descarga de peso propulsivo de “Humus”, com o baterista Jordi Lopes a escavacar tudo o que se mexe no espaço deixado pelos riffs Diogo Agapito, parece dar razão a essa corrente. “Tasteless” é mais uma besta de peso, mas a ferocidade passa a sentir-se mais cerebral, há um sentido mais melódico e maior desenvolvimento de texturas, quer nas harmonizações, quer no preenchimento harmónico. “Putative Insurgency” reforça esta ideia, de maior estruturação, com pungentes breakdowns a criar maior intensidade dinâmica e contrastes com as sombras atmosféricas do som dos Elitium. (REVIEW COMPLETA)