A Ludwig Salesman Sparkle de Patrick Carney

Ficaram a salivar com o drum kit que Patrick Carney “rebentou” no concerto dos Black Keys, no Alive? Eis os detalhes do setup do baterista e as origens da famosa Ludwig Salesman.

Patrick Carney nasceu a 15 de Abril de 1980 em Akron, no Ohio. Após o divórcio dos seus pais, Patrick, então com cerca de oito anos, mudou de bairro na cidade que o viu nascer e foi nesse bairro que conheceu Dan Auerbach. As primeiras influências musicais de Carney incluíam bandas como os Devo, Captain Beefheart, Jon Spencer Blues e Pavement. Foi esse gosto musical que acabou por despertar a amizade entre Carney e Auerbach, que em 2001 fundaram os The Black Keys.

Os Black Keys lançaram o seu primeiro álbum, “The Big Come Up”, em 2002. Após o sucesso da estreia, lançaram “Thickfreakness” em 2003 e “Rubber Factory” em 2004, este recebeu uma enxurrada de elogios e foi considerado um dos melhores discos do ano por vários meios especializados. Em 2006, lançaram o seu quarto álbum, “Magic Potion”, seguido de “Attack & Release” em 2008, que estreou em 14º lugar na Billboard. Patrick Carney começou uma banda chamada Drummer em 2009, um projecto paralelo que consistia em três outros bateristas e cujo álbum de estreia “Feel Good Together”, chegou em 2009. Depois das digressões de apoio a esse disco, Patrick Carney voltou a focar-se nos The Black Keys, que lançaram o seu álbum “Brothers”. Este disco estreou-se na 3.ª posição da Billboard.

Patrick Carney produziu discos para várias bandas, incluindo Tennis, Future Days, Beaten Awake, Houseguest, Churchbuilder e a sua própria banda, The Black Keys. Em 2011, os The Black Keys foram laureados nos GRAMMY, nas categorias para Melhor Álbum de Música Alternativa e Melhor Performance Vocal de Duo/Grupo de Rock, tudo relativo ao álbum de 2010, “Brothers”. Então chegou a aclamação global, quando os Black Keys assinaram contrato com a Nonesuch Records e editaram “El Camino”, em 2011. Em 2022, no seguimento do tributo ao country blues e às raízes do rock ‘n’ roll que foi “Delta Kream”, os Black Keys acrescentam algum músculo de amplificação para recuperar os seus instintos primordiais no seu 11.º álbum de estúdio que é “Dropout Boogie”.

O Livro de Amostras

Criado nos anos 50, o kit “Salesman Sparkle” era um conjunto de demonstração de todos os acabamentos disponíveis, em catálogo, na Ludwig. Os vendedores da marca apresentavam o kit aos lojistas, que daí escolhiam os acabamentos que pretendiam ter em stock ou, em alguns casos, possuíam um desses kits em loja, para o músico poder escolher directamente.

Pois esse tipo de arco-irís andou algo esquecido até Patrick Carney, dos Black Keys, se lembrar do aspecto tão kitsch como fixe do mesmo. Pediu então à Ludwig um modelo “reimaginado” com shells em maple (acer, bordo) clássico. Mais exactamente, os shells são compostos por 7 camadas de maple norte-americano laminado, capazes de uma resposta bastante sensível e um largo espectro de afinação. As extremidades (em cima e em baixo) são cortadas e limadas com um ângulo de 45° e possuem uma espessura de 6 milímetros. As Ludwig USA são produzidas através da tecnologia Radio Frequency Shell que, segundo a marca, aumenta a estabilidade sonora das mesmas.

A primeira vez que vimos o kit de perto foi no NOS Alive foi na edição de 2014 (apesar de a bateria já ter estado presente na Altice Arena, uns anos antes). No regresso ao festival, neste Verão de 2023, Patrick Carney fez-se novamente acompanhar da exuberante bateria.

Infelizmente, a Ludwig Salesman Sparkle está apenas disponível nos Estados Unidos, na Europa apenas pode ser comprada no Reino Unido. O setup de Carney é uma tarola 6.5×14, timbalão 9×13, dois timbalões de chão (um 16×16 e outro 16×18), e o bombo, um monstruoso 14×24. Já agora, nos pratos o músico usa Paiste: 14” Giant Beat Hi-Hat, 18” Giant Beat Multi-Functional, 22” 2002 Ride e 18” 2002 Crash.

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