João Gordo esteve no nosso país em Junho, a celebrar a carreira dos Ratos de Porão com os Simbiose. Em Setembro, os titãs brasileiros do punk hardcore passam em Portugal, com a sua formação completa, para concertos no Festival do Avante, em Tavira e ainda na SMUP, na Parede.
Depois de, em 2018, terem actuado no festival Vagos Metal Fest, as lendas brasileiras Ratos de Porão vão regressar ao nosso país este ano para três concertos. Já anunciada estava uma actuação na Festa do Avante, que decorre de 1 a 3 de Setembro, na Quinta da Atalaia, no Seixal, com os brasileiros a subirem ao palco no segundo dia do evento, e também uma passagem por Tavira, a 3 de Setembro. Agora sabe-se que, dois dias depois (5 de Setembro), a banda liderada pelo inimitável João Gordo passa também pela SMUP, na Parede, com os Simbiose, Scúru Fitchádu e Dead End como bandas de “suporte”.
«É com muito orgulho que anunciamos a volta dos brasileiros Ratos de Porão já em Setembro a Portugal, desta vez para comemorar os seus 40 anos de existência», escreve nas redes sociais a Associação Cultura no Muro, responsável por este evento. «Além da sua passagem a 2 de Setembro pela Festa do Avante e no dia 3 de Setembro pela cidade algarvia de Tavira, fizeram questão de celebrar com os amigos mais chegados de Lisboa o seu aniversário de 40 anos, agora 42 anos, nunca celebrados pela impossibilidade de se deslocarem a Portugal na crise pandémica».
No final de Junho passado, João Gordo visitou Portugal, acompanhado pelos Simbiose, para tocar malhas dos Ratos de Porão. Estes concertos da CVLTO marcaram ainda a estreia do punk feminista de Ideal Victim, e contaram também com os Vai-te Foder (Porto) e os Pester (Lisboa).
Desta feita, além dos clássicos, o quarteto vem completo e traz na bagagem também o seu mais recente álbum, “Necropolítica”, que foi editado no ano passado. Depois de quase uma década sem lançar qualquer material inédito, a banda de punk/hardcore/metal editou finalmente um novo álbum no dia 13 de Maio de 2022, através da Shinigami Records. Segundo comunicado de imprensa, «o álbum traz várias críticas sociais que se centram especialmente no termo cunhado em 2003 pelo filósofo e teórico político camaronês Achille Mbembe», que dá título ao sucessor de “Século Sinistro”, de 2014.
Recorde-se que, segundo declarações do vocalista João Gordo, feitas antes de entrar no estúdio Family Mob para gravar este material e recolhidas pelas LOUD!, o disco foi descrito como «uma tijolada e penso que está um trabalho maduro. Como não tem muita pitada minha de rebeldia, de coisa séria de maldade, ficou um disco bem maduro e bem metal». Hoje formados por João Gordo, Jão na guitarra, Juninho no baixo e Boka na bateria, os RATOS DE PORÃO comemoraram quatro décadas de carreira em 2021 e continuam a ser reconhecidos internacionalmente como uma referência do seu género.
