Best Of 2022: Guitarras

Uma lista das melhores guitarras eléctricas de 2022, imperativamente liderada pelo upgrade das Yamaha Guitars Revstar e bem secundada por uma escolha eclética, mas com predominância de modelos mais dedicados ao shred, com algumas “assinaturas” pelo meio.

Surgida no final de 2015, apresentada em grande estilo na NAMM 2016, a gama de guitarras eléctricas Revstar introduziu um novo conceito de design, naquilo que foi a maior actualização à forma clássica do corpo de guitarra Yamaha em mais de uma década. O novo design foi o culminar de três anos de desenvolvimento que, como é hábito na marca, incorporou informação de múltiplas entrevistas e opiniões de artistas profissionais, profissionais da indústria musical e amantes da guitarra em Londres (acreditem ou não, este que vos escreve esteve dois dias na capital britânica, ao lado de outros músicos europeus nessa workshops), Los Angeles e Tóquio. O conceito abraçava aquele visual clássico e simplificado das personalizadas motorizadas Café Racer, populares na Londres dos anos 60.

A gama estreou-se com oito modelos. O modelo topo de gama a RSP20CR, feito no Japão, adere totalmente ao conceito Café Racer. Os pickguards de cobre desgastam-se ao longo do tempo que a guitarra é tocada, criando um visual único para cada músico. A singular tecnologia Initial Response Acceleration (I.R.A. – Resposta Inicial Acelerada) da Yamaha permite um som amadurecido e acção facilitada desde o primeiro dia. Como principais características, as fontes oficiais da marca destacavam uma construção de braço fixo e pickups exclusivamente projectados para a gama Revstar, para produzir um som prenchido e brilhante. A Yamaha criou os novos pickups para atingir a melhor performance em cada modelo, testanto mais de 50 protótipos para definir as melhores combinações de fios, bobines, magnetismo e armação.

A RS420 e os modelos de topo de gama estavam equipados com o singular e útil Dry Switch, que a Yamaha explicava da seguinte forma: «Desenhado especificamente para as Revstar, permite a versatilidade de um coil split com um som que vai muito além disso. Usando um filtro de circuito passivo desenhado minuciosamente para obter resposta de frequências perfeita, o Dry Switch filtra as frequências graves para conseguir o ataque e clareza de um pickup single coil sem o inevitável ruído e vazio sonoro tantas vezes associado à divisão de pickups humbuckers. E como é um filtro de circuito, o Dry Switch funciona tanto nos humbuckers como P90s para um som útil e singular».

Outra tecnologia inovadora foi a IRA (Initial Response Acceleration). A Yamaha tomou em consideração algo meio místico, meio físico e explica: «Após anos a tocar na mesma guitarra, esta adapta-se ao estilo do guitarrista. Leva tempo para que uma nova guitarra se adapte ao seu jeito de tocar. A tensão entre acabamentos, madeiras, corpo, braço, escala, nut, ponte, etc., deve ser liberta antes de todos os componentes poderem ressoar conjuntamente como um instrumento. Leva tempo e muitas horas a tocar para que isto aconteça. Usando a tecnologia IRA, a tensão como aquela entre acabamento e madeira é liberta pela aplicação de vibrações específicas às guitarras já construídas. Assim que este tratamento está completo, a guitarra responde com precisão à prestação do guitarrista e produz som com maior facilidade. Também reduz o tempo necessário para que a guitarra se adapte ao seu estilo de tocar».

As guitarras foram um sucesso quase imediato. Depois, em 2018, chegaram novos acabamentos. E em 2019, a primeira grande actualização. A Yamaha Guitars aproveitou a NAMM desse ano para estrear cinco novos modelos, cada um deles com actualizações nos acabamentos, hardware e configurações de pickups. A RS820CR, as novas RS702B e RS720BX, mais as RS502TFMX e RS502TFM, carregadas com P-90, surgiam equipadas com o sistema Revstar Dry Switch. Entretanto, chegou a pandemia e a marca aproveitou para racionalizar a gama, adoptando um modo de produção em tudo semelhante ao escalonamento que vemos nos gigantes Fender e Gibson.

REVSTAR 2022

A nova linha inclui os modelos de entrada Element, os de preço médio Standard e os topos de gama Made in-Japan Professional. Em todos o corpo possui agora câmaras de ressonância, concebidas especificamente para dar forma à tonalidade e aumentar a ressonância, passe a redundância, enquanto reduz o peso e optimiza o equilíbrio recorrendo ao processo Acoustic Design da Yamaha.

A electrónica é um ponto fulcral nesta revolução, com uma série de opções de switching que a Yamaha diz oferecer «maior versatilidade». As Element, de dois humbuckers, ainda usam o filtro de agudos Dry Switch, que foi introduzido com a gama original Revstar, em 2015. As Standard e Professional – ambas disponíveis com humbuckers ou single-coils tipo P-90 – passam a ter abdicam do Dry Switch e estão equipadas com uma função de boost passivo e um circuito de switching de cinco vias.

Em termos de construção, os modelos Element ostentam corpo e braço em mogno, com escala rosewood. Os modelos Standard acrescentam um tampo de maple a essa configuração e ainda reforço em carbono no braço. Por fim, os mais caros modelos Professional apresentam inserções de carbono no interior do corpo e das suas câmaras – para «moldar ainda mais a transferência de vibrações» da guitarra. Também são os únicos modelos nesta renovação a ainda contar com o tratamento da tecnologia Initial Response Acceleration (IRA) da Yamaha, que visa proporcionar o som e a sensação de um instrumento que é tocado há anos.

A Yamaha Revstar Standard é um dos melhores modelos de 2022. Desde logo, pelo seu preço moderado e por características que tantam facilitam a execução e a musicalidade. Não há muitas guitarras por aí que as superem nesse sentido plug-and-play. Disponível em variantes P90 ou humbuckers, escolher uma é uma questão de preferência pela expressividade dos pickups. A versatilidade está garantida com o referido switch de foco/boost e pela divisão de bobinas dos humbuckers. Nas opções de cada escalão da gama há os modelos “T” (que designam uma tailpiece evocativa das motorizadas, além da ponte em estilo tune-o-matic); os modelos “X” (referência ao acrescento de um binding no corpo e o guarda-unhas de alumínio anodizado); e os modelos ‘L’, para essa gente estranha que são os canhotos. Mais info, specs e preços na Yamaha.

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Corpos de Basswood, braços maple em ‘V’ e opções de comutação versáteis são os principais specs destes novos modelos MIJ Stratocaster e Telecaster, inspirados nos reissues vintage da década de 80 da Fender japonesa.
Em 2022, a Fender apresentou a JV Modified Series, uma nova gama inspirada nos modelos vintage reissue construídos pela Fender Japan nos anos 80. Também esta gama é construída no Japão e é composta por quatro modelos, cada um disponível num único acabamento: a Stratocaster HSS dos anos 50, a Stratocaster dos anos 60, a Telecaster dos anos 50 e a Custom Telecaster dos anos 60. Há aqui uma série de ajustes aos esquemas tradicionais da marca, incluindo corpos em basswood – uma madeira raramente encontrada no catálogo Fender – e braços de maple bem espessos em perfil “V”, com polimento acetinado e escalas de raio 9.5″ atravessadas por trastes médio jumbo. Afinadores com bloqueio de tipologia vintage e várias opções de switching também populam os quatro instrumentos. A série JV Modified ficou disponível a partir de Março de 2022. Vamos resumir aqui as guitarras…

Fender JV Modified ’50s Stratocaster HSS | Abordagem hot-rod a uma Strat da década de 50, com um par de pickups single-coils de carácter vintage no meio e no braço e um poderoso humbucker na ponte. Este pode ter as bobinas divididas, através de sistema push-pull no segundo botão de tone. O tremolo é sincronizado em seis pontos e possui saddles de aço dobrado. O acabamento é um 2-Color Sunburst.

Fender JV Modified ’60s Stratocaster | Neste deslumbrante modelo Olympic White abundam as sensações hendrixianas. Também aqui o segundo botão de tone encerra várias possibilidades. Este sistema push-pull acrescenta o pickup do braço a qualquer outra posição – uma opção cada vez mais popular que, de resto, tornou a American Performer Stratocaster numa proposta super aliciante. De resto, os specs são os mesmos da versão HSS acima descrita.

Fender JV Modified ’50s Telecaster | Os olhos também comem, não é verdade? E esta acabamento White Blonde com o pickguard dourado deixa-nos de barriga cheia. Também há muito aparato no que diz respeito aos pickups, afinal os dois single-coils (de carácter vintage) podem ser ajustados com o switch de quatro vias de modo a operarem em série ou paralelamente. Além disso, o controlo push-pull no botão de tone permite que os pickups sejam dentro ou fora de fase. No hardware sobressai a ponte com as três barrel saddles em bronze.

Fender JV Modified ’60s Custom Telecaster | A única oferta de escala em rosewood na gama JV é electronicamente idêntica à versão dos anos 50 (o modelo anterior), com as mesmas opções de comutação série/paralela e dentro/fora de fase. A ponte também é a mesma, mas a versão dos anos 60 tem o seu próprio toque estético, com um acabamento Firemist Gold com duplo binding.

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Foi nas vésperas do Natal de 2021 que John Mayer e a PRS Guitars publicaram nas suas contas no Instagram um teaser a indicar que a Silver Sky iria ter uma económica versão SE.
Já no dia 04 de Janeiro de 2022, a marca de guitarras revelou mais detalhes sobre o novo instrumento, que foi feito disponível em quatro novos acabamentos: Moon White, Dragon Fruit, Ever Green e Stone Blue. O que pode ser considerado uma surpresa é a dimensão do raio de escala, com 8.5″ ao invés das 7.25” dos modelos originais. Depois, o corpo tem construção em poplar, com um braço maple (bolt-on) no perfil 635JM e escala em rosewood. No trio de pickups estão os 635JM ‘S’, controlados por um switch de cinco posições, um controlo de volume e dois controlos de tone. O tremolo em aço com dois pontos de fixação é transportado dos modelos originais, já os afinadores são genéricos da marca, sem bloqueio, e a pestana é em osso sintético. Naturalmente, o instrumento tinha que ser despido de alguns dos seus componentes mais dispendiosos. Ainda assim, é bem porreiro saber que a escala é em rosewood…

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A Solar Guitars iniciou a apresentação do seu catálogo de 2022 através de cinco novas guitarras equipadas com humbuckers Fishman Fluence Modern. A GC1.6AFAB é o canhão em destaque este ano.
Depois de ter começado a produzir os seus primeiros baixos e os primeiros modelos de formato Tele, em 2021 chegaram os primeiros modelos multi-escala, através de guitarras de seis e sete cordas tipo Super Strat e que elegemos entre as melhores do ano. As novas guitarras – SB1.6AFRFM, T1.7 VINTER, T1.6 VINTER, GC1.6AFAB e AB1.6TBS – surgem dentro da já habitual estética Solar e com a cabeça invertida que parece ter sido inspirada por um catálogo de armamento medieval. Podem olhar aos specs principais e PVR de cada uma das cinco novas guitarras no artigo da sua introdução.

Aqui focamo-nos na GC1.6AFAB. O acabamento é o deslumbrante Flamed Amber Burst Gloss. Corpo em mogno. O braço fixo é composto por três peças de mogno, com perfil “C” delgado. A escala de ébano tem uma extensão de 24.75” e é percorrida por 24 trastes de aço inox. Os marcadores de escala são Luminlay. Os afinadores de bloqueio são os Solar 18:1. A ponte é EverTune. Os pickups Fishman Fluence Moderno, de circuito activo, são controlados por switch de três posições, dois botões de volume e um de tone, com sistema push/pull para maior escolha de carácter sónico.

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Este lote especial de edições limitadas da Squier inclui destaques como o vistoso acabamento Silverburst nos modelos Affinity HSS Strat e Telecaster Deluxe, uma Baritone Cabronita em Olive Green ou um par de modelos Classic Vibe Bass VI.
A Squier revelou um lote de guitarras eléctricas (e um baixo) de edição limitada que oferecem alguma dessa exclusividade Fender Special Run à marca de nível básico do titânico fabricante californiano. Os modelos FSR chegam tipicamente sem grande alarido em seu redor, mas oferecem sempre uma nova – e muitas vezes coleccionável – abordagem aos instrumentos Fender e Squier. Este lançamento Squier 2022 funde alguns dos modelos mais populares das séries Affinity, Classic Vibe e Paranormal.

Começamos, precisamente, pela FSR Paranormal Baritone Cabronita Telecaster (na foto, em cima), definitivamente algo diferente, muito longe do design da primeira guitarra eléctrica produzida em massa. Este acabamento oferece uma alternativa ao Surf Green e aos Sunbursts Paranormal normais. Sem bem que não há nada de muito normal numa guitarra Paranormal e muito menos na Baritone Cabronita, que transpõe o paradigma Fender Telecaster para uma escala mais longa de 27″, para ir atrás desse low-end extra. Tem um par de single-coils tipo soapbar com design Fender, um corpo sólido de poplar e braço de maple aparafusado. O pickguard preto anodizado e os botões planos serrilhados dão-lhe uma vibração industrial, mais agressiva do que a uma Tele tradicional. Está concebida para afinação em B, com estes pickups a oferecerem, certamente, uma acentuação singular à rainha twang da Fender.

Os modelos Affinity HSS Stratocaster são mais convencionais e são, possivelmente, das mais versáteis guitarras eléctricas no mercado. E em Silverburst? Não se vê isso todos os dias. Estes são designs user friendly, com braços no acessível e confortável perfil “C”, com escala indian laurel de 9.5”. A madeira do braço (aparafusado) é o tradicional maple. O corpo é em poplar. Há um tremolo com dois pontos de sincronização e afinadores die cast. Aqueles que são alérgicos ao Silverburst ficarão contentes por saber que também está disponível o acabamento Metallic Black (na foto de entrada no artigo) com pickguard Black Sparkle.

A outra edição Silverburst neste lançamento FSR é uma Affinity Telecaster Deluxe. Uma Telecaster acessível e contemporânea, com um par de humbuckers cerâmicos, uma ponte fixa com seis saddles, um corpo de poplar sólido, com um corte ergonómico na barriga, e um braço de maple aparafusado com polimento acetinado e um perfil “C”. Com um street price a rondar os 320 paus, isto é um roubo e um excelente candidato para modding. Não acreditam? Perguntem ao Mike Rutherford!

Com o seu corpo offset, configuração de três single-coils e a questão de ninguém conseguir concordar se é um baixo disfarçado de guitarra ou vice-versa, o Bass VI é um dos designs Fender mais peculiares de sempre. É, essencialmente, uma guitarra de seis cordas reduzida numa oitava. Neste lançamento FSR Classic Vibe, estão disponíveis os acabamentos Purple Metallic ou Shell Pink, ambos com headstock condizente.

São modelos com uma escala de 30″, braço aparafusado em maple e corpo em álamo. A gama Classic Vibe celebra specs vintage, por isso os trastes são narrow tall, o pickguard é em parchment e o verniz usado no acabamento do corpo e braço faz parecer que a guitarra passou uma ou duas temporadas a ser tocado num bar fumarento. Os single-coils de alnico são unidades genéricas da Fender e há um tremolo flutuante bem vintage também.

A Classic Vibe ’70s Jazzmaster em Lake Placid Blue também apresenta essa laca amarelada eo parchement no pickguard. Os soapbars também são desenhados pela Fender. O arcano, mas super-eficaz sistema de controlos Jazzmaster, oferece um monte de opções sónicas. Tem um tremolo flutuante tipo vintage e uma pestana de osso.

Finalmente, temos um Classic Vibe Late ’60s Jazz Bass em Lake Placid Blue. Super vintage (bastaria olhar para os afinadores). Mais uma vez, há um poplar sólido para o corpo, com um braço (bolt-on) de maple de perfil “C”. Tem uma escala de 34″ em indian laurel, com 9,5″ de raio. Os single-coil são de Alnico com design Fender.

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A estreia da Electromatic Jet Baritone foi a novidade que mais nos encheu as medidas no catálogo de 2022, no qual a Gretsch Guitars revelou um alinhamento com opções em grande estilo para todos os gostos.
Além de introduzir uma variedade de novas cores, também há alguns novos pickups Filter’Tron e um avançado sistema de bracing para os cavaletes que promete melhor sustentação e “estalo” sónico. Estes podem ser encontrados nos modelos Electromatic hollow body, mas há uma legião de outras guitarras de seis cordas – e uma novíssima guitarra de 12 cordas – para descobrir, incluindo novos modelos Streamliner, Jet, incluindo uma Baritone e até uma nova Lap Steel. A Electromatic Jet Baritone, fãs que somos de música para lá de pesada, encheu-nos as medidas.

Naturalmente, uma escala (raio de 12” em louro) alongada de 29,75″ de comprimento é um dos destaques deste modelos, tal como os mini-humbuckers Gretsch. O braço é um design bolt-on em maple. A G5260 Baritone, que está disponível com Bigsby ou V-Stoptail, é controlada com um switch de três vias. O modelo V-Stoptail está disponível em Bristol Fog e Imperial Stain, enquanto o acabamento Midnight Sapphire pode ser encontrado no modelo Bigsby. Os barítonos da Gretsch chegaram às lojas em Março.

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Em 2022, a marca sul-coreana Cort revelou uma série de actualizações às suas gamas mais altas de guitarras eléctricas, incluindo acabamentos policromáticos nos modelos X300, uma arrojada sequela da Duality X700 e uma actualização ao G290 FAT II.
Estes, mais as novidades na gama KX, são os maiores destaques do ano que passamos em revista no artigo de introdução. Depois, as novíssimas X700 Duality II. Desenhadas com a colaboração do mago neo-prog guatemalteco Hedras Ramos, apresentam o chassis X Series e um vistoso flame maple a aumentar a elegância dos seus biséis ergonómicos. Em termos de madeiras, esse referido tampo surge em cima de um corpo sólido de mogno; o braço aparafusado mistura maple e panga panga; a escala de ébano é esculpida num raio de 15,75″. A escala é percorrida por 24 trastes de aço inoxidável, locking tuners escalonados e tremolo CFA-III. O par de humbuckers Fishman Fluence Open Core Classic inclui um modo single-coil em três das vozes evocadas pelo switch de cinco vias.

Depois, há pequenos detalhes que fazem sobressair a Duality II, tais como as incrustações abalone ou os marcadores laterais Luminlay. Não há Floyd Rose, porque se pretende que o vibrato six-saddle permite trabalhar mais facilmente afinações alternativas, sem problemas de set-up.

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Foi apresentada pela Charvel Guitars ainda na NAMM 2021 e chegou ao mercado no final de Janeiro de 2022, eis a Guthrie Govan Signature MJ San Dimas SD24 CM, Three-Tone Sunburst.
Este modelo San Dimas apresenta um corpo em basswood, com tampo em ash e heel sem placa, com o recorte bem pronunciado para fácil acesso a todos os 24 trastes (jumbo) de aço inoxidável. O braço de maple foi “caramelizado” e reforçado com grafite, possuindo acabamento acetinado, para estabilidade e rapidez de execução. No heel está o volante do truss rod. A escala, também em maple, tem um raio de 12-16 polegadas, com marcadores laterais Luminlay. A electrónica, com configuração HSH dos pickups metodicamente bobinados Charvel especialmente enrolado, controlado por um interruptor de lâmina de cinco vias. Há também um switch mini-toggle de duas vias para activar a simulação single-coil nos humbuckers das posições da ponte e braço.

O hardware inclui a ponte vibrato (com bloqueio) da Charvel, afinadores Gotoh e pestana Graph Tech TUSQ XL. A guitarra estará disponível em Three-Colour Sunburst. A única má notícia é que ronda os €2850. Para nós, é areia a mais para a camioneta, mas para aqueles que possuem unhas, esta guitarra é um maquinão de shred como há poucos.

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Andre Nieri, James Ivanyi, Ian Thornley, Pete Thorn e Reb Beach são as assinaturas dos cinco canhões construídos pelo guru John Suhr em 2022. Madeiras nobres e exóticas e visuais arrasadores, com specs de elite. O modelo Standard do antigo shredder dos Winger é o grande destaque duma colecção em modo «venha o Diabo e escolha».
Talvez a Voyager, a sua assinatura com a Ibanez, não tenha tido uma recepção muito calorosa no mundo dos guitarristas, mas não conseguimos imaginar isso suceder com este modelo. A Suhr Reb Beach tem uma estética irresistível, casando madeiras exóticas. O corpo é composto por duas peças de koa, com acabamento em óleo. No braço, de perfil Even C RB .800″-.850″, a madeira é o pau ferro. O mesmo material da escala de raio composto (10”-14”), com trastes heavy nickel. A pestana possui 1.650”. O humbucker é um feroz EMG 85 e os single-coils uma dupla de EMG SA. A ponte (recuada) é Floyd Rose original e os afinadores são Goth Mini Keys. A guitarra está disponível em versão para canhotos.

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A nova série Jackson Guitars Soloist SL3, que inclui quatro acabamentos, é a primeira fabricada em Corona (fábrica californiana da Fender) em duas décadas.
Os elegantes designs tipo S apresentam braço em maple (três peças), reforçado por um par de varas de grafite – que pretendem assegurar a maior estabilidade possível do brapço nas oscilações de humidade. O braço é encimado por escala de raio composto (12”-16”) em ébano. Teoricamente, os bends tornam-se mais fáceis de executar nos trastes mais agudos. Visualmente, fica tudo mais escuro e elegante. Por fim, o acesso ao truss rod faz-se, de forma fácil, pelo tróculo. A electrónica centra-se numa configuração HSS da Seymour Duncan: um humbucker JB TB-4 (ponte) e os single-coils Custom Flat Strat SSL-6 (meio e braço). O pickup do meio é bobinado no inverso, invertendo (passe a redundância) a sua polaridade, o que significa que a selecção conjunta dos dois single-coils irá oferecer um som pseudo-humbucker. O hardware é preto em qualquer um dos acabamentos. Destaca-se o locking vibrato Floyd Rose 1500 (Olá, divebombs).

Os quatro acabamentos disponíveis são Riviera Blue, Platinum Pearl, Gloss Black e Slime Green Satin. Todos se apresentam com matching headstock. São bonitas para caracinhas! As novas Soloist SL3 estão no mercado com o preço de venda recomendado nos €2899.

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